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Erê Mariazinha da Cachoeira

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História da Erê Mariazinha da Cachoeira

Uma curiosidades,quem tem este erê de berço, faz croche mesmo sem ter tido ula, Mariazinha da cachoeira, conta essa entidade irmâ de Juquinha (outro erê) que sua Bá (escrava de page) estava com eles sentados a beira do rio proximo a sua casa.
Mariazinha era filha de fazendeiro rico, gostava de bonecas de pano e vestidos com laços e fitas, sempre combinado as cores das fitas de seus vestido, branco e com fitas verdes, rosa ou lilás, sua Bá foi ajuda macieira (fruta essa que sempre deve ser oferecida quando estão em terra) quando um vento forte levou Mariazinha, este caiu no rio ,Mariazinha tentou alcançar, a fatalidade fez com que ela caísse no rio e fosse até a caida da cachoeira, dai seu nome Mariazinha da Cachoeira. Sua Bá no desespero tentou alcança-los também, mas Juquinha também foi levado pelas águas na tentativa de ajudar, sua Bá agarrou-se em galhos e salvou-se, Juquinha e Mariazinha foram encontrados as margens da cachoeira mortos por afogamento,o mais incrivel abraçados.
A Bá foi punida pela morte dos filhos do Patrão, seu unico filho Luizinho foi morto pelo patrão quando na mangueira que servia de sombra as margens do rio que levou Juquinha e Mariazinha, o patrão leva que sepultou seu casal de filhos,atirou na criança para se vingar segundo ele da falta de cuidados da B aflita, sua dor era tão grande, perdera as três crianças de sua vida, essa Bá foi torturada no tronco, seu a morte, essa Bá tambem é uma entidade conhecida na umbanda, preta velha Tia Maria.

Texto de: Andrea Barros, de Santana de Parnaiba, SP

Salve os Erês! Salve as Crianças!
Ibejada!

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A pedidos: História de seu Zé Pelintra do Alto do Morro !

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A pedidos:
História de seu Zé Pelintra do Alto do Morro !

Saravá Zé,

'' No alto da madrugada, na subida do morro, fogos ao alto, ouço logo um estrondo, luzes fortes, e muita fumaça, a patrulha chega, pra acabar com a arruaça, a malandragem não tem medo, pisa forte, mantém sua posição, malandro é malandro, malandro não treme não!!! teve troca de tiro, teve muita confusão, navalhas e facas, e tiros de oitão, a patrulha não aguenta, tem que recuar, a malandragem já começa, logo a festejar, bebidas e mulheres, muito samba e jogo, bota mais bebida no gelo, que isso aqui é muito pouco!!! A festa vai até o dia clarear, só vou deitar com minha nega, quando o galo cantar, sou Zé do Morro, essa vida eu vivi, lei da causa e efeito, por isso estou aqui, venho nessa terra, fazer o bem e realizar minha missão,
subir degraus da espiritualidade, buscar a evolução, como espirito, ainda sou bem atrasado, mas deixei pra trás, todo o meu passado, ajo conforme as leis divinas, trabalho para o bem ajudar, se precisar de ajuda, só o Zé do Morro chamar, trago comigo, a alegria e a ginga do malandro, por isso eu chego, dançando e cantando, essa é minha história, de um espírito humilde, que aprendeu errando, mas que jamais desistiu, e continua tentando, tentando crescer, me melhorar e evoluir, sempre à disposição, para os irmãos necessitados instruir, agora me despeço, agradecendo e pedindo, do fundo do meu coração, ouça o que lhe digo:

Se você se disser umbandista, bata no peito e tenha orgulho, aja como tal, estude, procure conhecer melhor e entender essa religião maravilhosa, busque sempre se aprimorar, trocar conhecimentos, dividir informações e opiniões, para que com humildade, que é a base dessa religião, possa continuar crescendo cada vez mais e ajudando cada vez mais espíritos como eu e como você, encarnados ou desencarnados, estamos todos caminhando, uns com passos largos, outros com passos mais lentos e menores, para trilhar o caminho do mestre Jesus e de nosso pai oxalá.
Salve a Umbanda
Umbanda é linda, 
Umbanda é luz,
Umbanda é humildade e caridade,
Umbanda é perdão, é doação, 
Umbanda é simplicidade de uma pequena GRANDE religião.
Salve UMBANDA!


Ponto Cantado:

Zé Pelintra do morro, 
eu preciso de você,
 pra me tirar de um sufoco,(2x)
A vida sem você não vale nada,
Zé pelintra, meu camarada (2x)

Texto psicografado pelo Irmão "Fred Rios"

Fonte: Malandro da Lapa.

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Oração ao Boiadeiro

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Clamor a Deus:

Amado Sr. Deus, de joelho venho pedir Vossa permissão para invocar um   dos Vossos mistérios divinos, que é a linha espiritual dos Boiadeiros, para que ele possa me auxiliar.

Peço-lhe amado Pai que envolva-me em Sua vibração viva e divina, isole este ambiente, recolha toda as energias negativas que se encontram neste recinto elevando meu pensamento e me rearmonizando e equilibrando para que eu possa entrar em sintonia vibratória com este mistério divino.

Amém.

Ao meu querido Boiadeiro

Em nome, Deus, dos Divinos Tronos, dos Sagrados Orixás, dos Regentes da Lei Maior e da Justiça Divina, do Sagrado Orixá da Lei o Sr. Ogum, eu invoco a linha dos Boiadeiros onde peço a presença do meu protetor Boiadeiro ao meu lado e peço-lhe que acolha esta prece e  me auxilie dentro do meu merecimento.

Peço-lhe Sr. Boiadeiro.

Que recolha todos os espíritos sofredores que estejam me acompanhando ou ligados a mim, cure e regenere seus espíritos despertando-os para o novo estado em que se encontram no mundo maior.

Envolva-me em sua vibração ordenadora re-equilibrando meu mental e tudo e todos a minha volta, para que eu comece racionalizar sobre tudo que esteja ocorrendo em minha vida.

Recolha todos os espíritos obsessores, desequilibrados, malignos e seres infernais que estejam atuando negativamente contra mim e meu familiares, enviando-os para os seus locais de merecimento como determina a Lei Maior.

Corte e anule todas as demandas e trabalhos de magia negra que estejam me prejudicando.

Afaste os inimigos encarnados e desencarnados, os conflitos, as guerras e todas as ações negativas que estão em meu caminho.

Peço-lhe que me ajude a solucionar estes problemas que estão me envolvendo e atrapalhando a minha vida.

Se essas ações provêm de ligações cármicas ou por afinidades devido à minha má conduta, peço-lhe que auxilie a mudar o meu modo de agir, de pensar e viver; para que de agora em diante eu tenha sempre uma boa conduta.

Peço-lhe que ajude a recolher minhas próprias boiadas que acabei deixando para trás no caminho da vida.

Abra os meus caminhos para que eu possa ter dias mais fartos, mais prósperos, mais iluminados e mais harmoniosos.

Auxilie-me a suprir todas as deficiências e tudo o que me falta nos Sete Sentidos de minha vida, para que eu possa me sentir pleno no Sentido:

DA FÉ;

DO AMOR;

DO CONHECIMENTO;

DA JUSTIÇA;

DA LEI;

DA EVOLUÇÃO;

DA GERAÇÃO;

Para que assim eu continue forte e não fraqueje diante os obstáculo que encontrarei em minha vivência neste plano material.

Peço-lhe que me coloque em equilíbrio com toda a criação divina.

Conto com vossa FORÇA, LUZ e PERSEVERANÇA.

Amém.

Jetruá Boiadeiro! Xetro Marrumbaxêtro!

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Saudação A Nossa Senhora Aparecida, A Padroeira do Brasil

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    12 de Outubro é o dia de uma das mais e respeitadas Santas do Brasil.

    Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a linda Santa negra, padroeira de nosso Brasil, protetora de nosso povo, amada por milhões de pessoas.

    Dentro da Umbanda, a querida Nossa Senhora da Conceição Aparecida, é extremamente respeitada. Em muitos terreiros, num local destacado em seus gongares, lá está ela, linda, radiante e amada imagem, sendo saudada pelos seus devotos e filhos do terreiro.

    Dentro do sincretismo, Nossa Senhora Aparecida, tem sido colocada em muitas casas de Umbanda, principalmente na Bahia, como a Orixá Oxum, Mãe caridosa, de grande amor e ternura para com seus filhos.

    Também tem seu destaque nas linhas ciganas, na qual muitos deles são devotos fervorosos da Santa Mãe Aparecida.

    Os ciganos brasileiros adoram Nossa Senhora de Aparecida, talvez por causa de sua cor, e muitos a equiparam à Santa Sara Kali. Se não têm uma imagem de Santa Sara, por ser difícil encontrá-la, por certo possui em sua Thiera (barraca) ou casa uma imagem de Nossa Senhora de Aparecida. Às vezes têm as duas. Em muitos acampamentos ciganos e possível encontrar uma estátua da virgem negra depositada num altar de uma das tendas cercadas por velas, incenso, flores, frutas e alimentos.


História de Nossa Senhora da Conceição Aparecida:

    O rio Paraíba, que nasce em São Paulo e deságua no litoral fluminense, era limpo e piscoso em 1717, quando os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves resgataram a imagem de Nossa Senhora Aparecida de suas águas.

    Encarregados de garantir o almoço do conde de Assumar, então governador da província de São Paulo, que visitava a Vila de Guaratinguetá, eles subiam o rio e lançavam as redes sem muito sucesso próximo ao porto de Itaguaçu, até que recolheram o corpo da imagem. Na segunda tentativa, trouxeram a cabeça e, a partir desse momento, os peixes pareciam brotar ao redor do barco.

    Durante 15 anos, Pedroso ficou com a imagem em sua casa, onde recebia várias pessoas para rezas e novenas. Mais tarde, a família construiu um oratório para a imagem, até que em 1735, o vigário de Guaratinguetá erigiu uma capela no alto do Morro dos Coqueiros. Como o número de fiéis fosse cada vez maior, teve início em 1834 a construção da chamada Basílica Velha.

    O ano de 1928 marcou a passagem do povoado nascido ao redor do Morro dos Coqueiros a município e, um ano depois, o papa Pio XI proclamava a santa como Rainha do Brasil e sua padroeira oficial. A necessidade de um local maior para os romeiros era inevitável e em 1955 teve início a construção da Basílica Nova, que em tamanho só perde para a de São Pedro, no Vaticano.

    O arquiteto Benedito Calixto idealizou um edifício em forma de cruz grega, com 173m de comprimento por 168m de largura; as naves com 40m e a cúpula com 70m de altura, capaz de abrigar 45 mil pessoas. Os 272 mil metros quadrados de estacionamento comportam 4 mil ônibus e 6 mil carros. Tudo isso para atender cerca de 7 milhões de romeiros por ano.


Histórias de Milagres:


Milagres das Velas:

Estando a noite serena, repentinamente as duas velas que iluminavam a Santa se apagaram. Houve espanto entre os devotos, e Silvana da Rocha, querendo acendê-las novamente, nem tentou, pois elas acenderam por si mesmas. Este foi o primeiro milagre de Nossa Senhora.

Caem as Correntes:

Em meados de 1850, um escravo chamado Zacarias, preso por grossas correntes, ao passar pelo Santuário, pede ao feitor permissão para rezar à Nossa Senhora Aparecida. Recebendo autorização, o escravo se ajoelha e reza contrito. As correntes, milagrosamente, soltam-se de seus pulsos deixando Zacarias livre.

Cavaleiro sem Fé:

Um cavaleiro de Cuiabá, passando por Aparecida, ao se dirigir para Minas Gerais, viu a fé dos romeiros e começou a zombar, dizendo, que aquela fé era uma bobagem. Quis provar o que dizia, entrando a cavalo na igreja. Não conseguiu. A pata de seu cavalo se prendeu na pedra da escadaria da igreja ( Basílica Velha ), e o cavaleiro arrependido, entrou na igreja como devoto.

A Menina Cega:

Mãe e filha caminhavam às margens do rio Paraíba, quando surpreendentemente a filha cega de nascença comenta surpresa com a mãe: "Mãe como é linda esta igreja" (Basílica Velha).

Menino no Rio:

O Pai e o filho foram pescar, durante a pescaria a correnteza estava muito forte e por um descuido o menino caiu no rio e não sabia nadar, a correnteza o arrastava cada vez mais rápido e o pai desesperado pede a Nossa Senhora Aparecida para salvar o menino. De repente o corpo do menino para de ser arrastado, enquanto a forte correnteza continua e o pai salva o menino.

O caçador:

Um caçador estava voltado de sua caçada já sem munição, de repente ele se deparou com uma enorme onça. Ele se viu encurralado e a onça estava prestes a atacar, então o caçador pede desesperado a Nossa Senhora Aparecida por sua vida, a onça vira e vai embora.


    Essas são histórias contadas pelo povo, ano após ano, que podemos ouvi-las em todos os cantos do Brasil, principalmente pela região da Cidade de Aparecida, onde se encontra a Basílica de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

    Agora para incrementar todas essas histórias, relatarei uma em particular, que por vários anos, foi contada pelo meu Avô paterno, Alcides Brás de Oliveira.

    No ano de 1946, Antonio de Oliveira meu pai, com a idade de 6 anos, foi diagnosticado com febre tifoide. Os médicos da época, sem condições de tratá-lo, e vendo que sua situação piorava a cada minuto, percebendo que a criança não tardaria a fazer a passagem, perguntaram a meu avô, se ele desejaria levar o filho para perto de sua esposa, para que ela se despedisse da criança.
    Ele o levou, e no caminho, parando em uma igreja dedicada a Nossa Senhora Aparecida, deitou o filho nos pés do altar, se ajoelhou, e pediu com toda a fé de seu coração e com lágrimas nos olhos que a Santa curasse seu filho.
    Se dedicou fervorosamente em oração, de tal forma, que com o cansaço do corpo adormeceu.

    Ao despertar, após uns 15 a 20 minutos, se assustou em não ver seu filho deitado aos pés do altar como o deixara. Levantou-se ao ouvir uma voz de criança o chamando.
    Viu seu filho, que veio a ser meu pai, brincando na porta da sacristia, sem o mínimo de febre.
    Agradeceu a Nossa Senhora Aparecida de joelhos. E partiu novamente para o consultório do médico, que sem entender como aconteceu, só disse a meu avô. "Seu filho está curado."

Relato de meu avô, Alcides Brás de Oliveira, sobre o acontecido com meu pai Antonio de Oliveira, no ano de 1946.


Carlos de Oliveira



    Abençoada seja a nossa Mãe Negra!!!

Salve Nossa Senhora da Conceição Aparecida!!!


Saravá Oxum!!!

          







 Oração a Nossa Senhora Aparecida

Ó Maria Santíssima , que em vossa querida imagem de Aparecida.
Espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil.

Eu , embora indigno de pertencer ao número de vossos filhos, mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia, prostrados a vossos pés, consagro-vos o meu entendimento , para que sempre pense no amor que mereceis ; consagro-vos minha língua , para que sempre vos louve e propague a vossa devoção; consagro-vos o meu coração , para que , depois de Deus , vos ame sobre todas as coisas

Recebei-nos , ó Rainha incomparável , no ditoso número de vossos filhos , acolhei-nos debaixo de vossa proteção, socorrei-nos em todas as nossas necessidades espirituais e temporais e sobretudo na hora da nossa morte , Abençoai , ó Mãe Celestial e com vossa poderosa intercessão. Fortalecei-nos em nossa fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida , possamos louvar-vos , amar-vos e dar-vos graças no céu , por toda a eternidade, 
Amém.





                                     


Fonte: http://umbandayorima.blogspot.com.br/2013/10/saudacao-nossa-senhora-aparecida.html

12 Outubro
Dia de Nossa Senhora da Aparecida 
A Santa Padroeira do Brasil

Ó incomparável Mãe Nossa Senhora da Conceição Aparecida
Mãe de Deus
Rainha dos Anjos
Advogada dos pecadores
Refúgio e consolação dos aflitos e atribulados
Nossa Senhora Aparecida
cheia de poder e de bondade
Lançai sobre nós um olhar favorável
Para que sejamos socorridos por Vós 
Em todas as necessidades em que nos acharmos.
E de modo particular hoje, nesta novena, faço meu pedido
( pensar no que precisa )

Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Livrai-nos de tudo o que possa ofender-Vos 
E ao Vosso Santíssimo Filho Jesus
Nossa Senhora Aparecida, preservai-nos de todos os perigos da alma e do corpo
Dirigi-nos em todos os assuntos espirituais e temporais
Livrai-nos das tentações 
Para que, trilhando o caminho da virtude, 
Possamos um dia ver-Vos e amar-Vos 
Na eterna glória

Nossa Senhora Aparecida rogai por nós.
Nossa Senhora Aparecida intercedei por nós.
Nossa Senhora Aparecida fazei-nos dignos das promessas do Teu Filho.
Amém.

E que todos os meus amigos tenham um otimo domingo com muita luz nos corações!

#grupoboiadeirorei

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Oxóssi

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Oxóssi é a Divindade que está assentada no pólo positivo do Trono do Conhecimento.
Oxóssi irradia o Conhecimento e atua em nosso mental estimulando nossa busca pelo conhecimento no sentido mais amplo da palavra, de modo a expandir todos os Sentidos da nossa vida. Ele também ampara os seres que fazem bom uso dos conhecimentos adquiridos (aplicando-os para a própria evolução e no esclarecimento e auxílio ao próximo).
Por isso, Oxóssi representa o arquétipo do Grande Caçador: aquele que vai buscar e nos traz o Conhecimento e respostas inteligentes às nossas necessidades de aprendizado e evolução.
Oxóssi é o raciocínio hábil, o cientista, o doutrinador, é o grande comunicador, é a Divindade da Expansão.
É o Senhor do Reino Vegetal, dono de todos os frutos, ervas e flores e de toda a vida existente nas florestas, campos, matas e adjacências.  É o Senhor da fauna e da flora planetárias.
Seu primeiro Elemento de atuação é o Vegetal (que nos purifica, limpa, nutre e cura) e o seu segundo Elemento é o Ar (que leva, espalha e expande).
Seu culto é muito difundido no Brasil.

HISTÓRIA
Na África, Oxóssi era cultuado basicamente no Keto, Nação praticamente destruída no século XIX, pelas tropas do então rei do Daomé. Então, os filhos consagrados a Oxóssi foram vendidos como escravos no Brasil, nas Antilhas e em Cuba. E assim o culto a Oxóssi na África foi praticamente esquecido.
No Candomblé, Oxóssi é o rei de Keto, filho de Oxalá e Yemanjá. É a Divindade da caça, que vive nas florestas, e cujos principais símbolos são o arco e flecha (Ofá) e um rabo de boi (Eruexim). Foi um caçador de elefantes, animal associado à realeza e aos antepassados.
Sua dança, de ritmo “corrido”, simula o gesto de atirar flechas para a direita e para a esquerda. Ele imita o cavaleiro que persegue a caça, deslizando devagar, e que às vezes pula e gira sobre si mesmo. É uma das danças mais bonitas do Candomblé.
Em algumas lendas do culto de Nação, Oxóssi aparece como irmão de Ogum e de Exu.
Isso acontece porque Oxóssi, Ogum e Exu, entre outros atributos, são vistos na cultura africana como guerreiros e caçadores, pois sempre vão à frente, buscando e abrindo caminhosembora Oxóssi seja o Caçador por excelência.
É importante lembrar que o culto de Orixá vem da África, de uma cultura tribal, na qual os homens saíam para caçar, quando não viviam da agricultura. E quem sai para caçar e trazer alimento para a tribo é o caçador.
Mas numa vida tribal, o caçador também é o guerreiro que enfrenta os perigos da floresta e depois traz alimento e informações para o grupo. O caçador não saía apenas para buscar alimento, ele também ia buscar conhecimentos (sobre a região, sobre os animais e a floresta, sobre outras tribos etc.). Havia situações em que ele ficava vários dias ausente, e na volta trazia as novidades, as notícias.
E quando um grupo saía para caçar, alguns se ocupavam com a caça, enquanto outros ficavam em torno, para proteger os caçadores. Estes que faziam a proteção atuavam como guardiões, tendo uma relação com o Orixá Exu, pois ficavam escondidos no escuro da mata, adiantavam-se, e depois passavam para os caçadores informações seguras sobre o caminho a seguir.
E cada vez que o grupo avançava, um seguia na frente. Era o mateiro, aquele que ia à frente do grupo com um facão para abrir o caminho, tendo uma relação com o Orixá Ogum. Tudo isso explica porque Oxóssi, Ogum e Exu são considerados irmãos, dentro do Culto de Nação. Eles têm Qualidades ou atributos semelhantes, que os tornam “irmãos”.
E sendo Ogum também o Orixá do ferro, foi dele que Oxóssi recebeu suas armas de caçador, nascendo aqui outro ponto de ligação entre ambos.
Vale lembrar que na Umbanda Oxóssi é sincretizado com São Sebastião. Mas no
Candomblé baiano está sincretizado com São Jorge e Ogum. Ocorre que tanto São Sebastião quanto São Jorge foram soldados do Imperador romano Diocleciano, que muito perseguiu e matou os cristãos. São Sebastião e São Jorge foram soldados, tinham a mesma função, e isso também lembra a questão da “irmandade” de Oxóssi e Ogum, tratada no culto de Nação. Por outro lado, São Jorge “caçava o dragão”, perseguiu-o até derrotá-lo, e isso nos mostra outro aspecto desse guerreiro e sua “irmandade” com Oxóssi.
Ainda dentro desses conceitos de Nação, Oxóssi vive na floresta, onde moram os espíritos.
Está relacionado com as árvores e os antepassados. As abelhas lhe pertencem e representam os antepassados femininos. Relaciona-se com os animais em geral, imitando seus gritos com perfeição. É o caçador valente, ágil e generoso, que propicia a caça, domina a flora e a fauna e protege contra o ataque das feras. Gera o sustento, a alimentação abundante, o progresso e a riqueza para o homem. Neste sentido se diz que
Oxossi é o que basta a si mesmo.
A ele estiveram ligados alguns Orixás femininos, mas o maior destaque é para Oxum.
Diz um mito que Oxóssi encontrou Iansã na floresta, sob a forma de um grande elefante, que se transformou em mulher. Casou-se com ela e tiveram muitos filhos, mas depois se separaram e seus filhos foram criados por Oxum. Abandonado por Iansã, Oxóssi se torna “um solitário solteirão” que vive nas matas fechadas, também porque, como caçador, tinha de se afastar das mulheres, consideradas nefastas à caça.
Esses mitos revelam vários significados.
Primeiro, as principais Qualidades do Orixá Oxóssi estão voltadas para o campo mental, na busca e aprimoramento do Sentido do Conhecimento. E o seu domínio sobre as matas fechadas traz a simbologia da atuação desse Orixá sobre a pureza do vegetal, que nos limpa, cura  e nos realimenta.  Isso explicaria o “isolamento” e “a solidão” de Oxóssi.
Por outro lado, a união de Oxóssi com Iansã representa o papel direcionador e movimentador da Mãe Iansã no campo do Conhecimento (regido por Oxóssi), para facilitar a expansão e a difusão desse Conhecimento. E a união de Oxóssi com Oxum representa que a busca do Conhecimento precisa estar equilibrada pelo Amor (regido por Oxum), para nos trazer benefícios reais. Estes dois mitos evidenciam que os Orixás atuam de forma sistêmica, nada está isolado na Criação Divina.
As lendas eram uma forma de se perpetuar o culto aos Orixás. Falavam sobre as várias Qualidades de cada Orixá, mas de um modo que os “humanizava”, ou seja, as lendas falavam sobre o Orixá a partir de um ponto de vista humano, para que todas as pessoas que as ouvissem se identificassem com o relato, de forma que a tradição, que era passada de boca a ouvido, não fosse esquecida.

LENDAS

O ORIXÁ DA CAÇA E DA FARTURA
 Em tempos distantes, Odùdùwa, Rei de Ifé, diante do Palácio Real, chefiava seu povo na festa da colheita dos inhames. A colheita do ano  havia sido farta e, em homenagem, todos deram uma grande festa, comendo inhame e bebendo vinho de palma. De repente, um grande pássaro pousou sobre o Palácio, lançando seus gritos malignos e farpas de fogo, com intenção de destruir tudo que por ali existia, pois não havia sido oferecida parte da colheita às feiticeiras Ìyamì Òsóróngà. Todos se encheram de pavor, prevendo desgraças e catástrofes.
O Rei mandou buscar Osotadotá, o caçador das 50 flechas que, arrogante e cheio de si, errou todas as suas investidas, desperdiçando suas 50 flechas. O rei então chamou Osotogi, com suas 40 flechas. Embriagado, este guerreiro também desperdiçou todas as suas investidas contra o grande pássaro. Ainda foi convidado para matar o pássaro, das distantes terras de Idô, Osotogum, o guardião das 20 flechas. Fanfarrão, ele atirou em vão suas 20 flechas contra o pássaro encantado.
Por fim, o rei convocou, da cidade de Ireman, Òsotokànsosó, o caçador de apenas uma flecha.  A mãe do caçador sabia que as feiticeiras viviam em cólera e que nada poderia ser feito antes de uma oferenda para apaziguá-las. Ela foi consultar Ifá. Os Babalaôs disseram-lhe para preparar oferenda com ekùjébú (grão muito duro), também um frango òpìpì (frango com as plumas crespas), èkó (massa de milho envolta em folhas de bananeira) e seis kauris (búzios). Pediram ainda que colocasse a oferenda numa estrada, sobre o peito de um pássaro sacrificado em intenção, e que durante a oferenda recitasse o seguinte: "Que o peito da ave receba esta oferenda". Ela obedeceu.
Neste exato momento, seu filho Òsotokànsosó disparava sua única flecha em direção ao pássaro, que abriu sua guarda para receber a oferenda da mãe do caçador, recebendo também a flecha certeira e mortal de Òsotokànsosó. Então, todos começaram a dançar e a gritar de alegria"Oxossi! Oxossi!" (=caçador do povo). A partir desse dia, todos conheceram o maior guerreiro de todas as terras, que foi reverenciado com honras e carrega seu título até hojeOxossi.
Essa lenda nos fala de Oxóssi como o Grande Caçador, o Senhor da caça, que traz a fartura e a abundância para todos. E também fala da precisão, “da flecha certeira”, da determinação e objetividade firmes de Oxóssi: “o caçador” que estabelece o alvo e se prepara para atingi-lo, conhecendo e respeitando as forças da natureza, e que age sem arrogância, sem vaidade, mas de forma racional, lúcida.

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXÓSSI:
Os filhos de Oxóssi apresentam características do arquétipo atribuído ao Orixá.
Representam o homem impondo sua marca sobre o mundo selvagem, nele intervindo parasobreviver, mas sem alterá-lo.
No positivo: São joviais, rápidos e espertos, mental e fisicamente. Cheios de iniciativa, dotados de um espírito curioso e observador, estão abertos a novas descobertas e novas atividades e são geralmente desbravadores, pioneiros. Têm grande capacidade de concentração e de atenção, firme determinação de alcançar seus objetivos e paciência para aguardar o momento correto para agir. Lidam bem com a realidade material, têm os pés ligados à terra, o que não quer dizer que sejam ambiciosos em demasia.
Possuem extrema sensibilidade, qualidades artísticas, criatividade e gosto apurado. Sua estrutura psíquica é emotiva e romântica. São discretos, não gostam de fazer julgamentos sobre os outros e respeitam muito o espaço individual de cada um.
Independentes, não apreciam muito os trabalhos em equipe. Mas têm grande senso de dever e de responsabilidade, principalmente em relação aos cuidados para com a família (pois o “caçador” tem a responsabilidade de sustentar a tribo).
Sentem a necessidade do silêncio para desenvolver a capacidade de observação, e neste aspecto são reservados. Isso pode levá-los ao rompimento de laços, o que não quer dizer que sejam instáveis em seus amores. 
Fisicamente, tendem a ser magros, um pouco nervosos, mas controlados.
No negativoTornam-se muito solitários, fechados, introvertidos, críticos, respondões, brigam por qualquer motivo e podem tornar-se vingativos.

QUANDO OFERENDAR OXÓSSI: 
Para expandir qualquer coisa 

FIRMEZA PARA OXÓSSI: 
Quartinha Verde com ervas maceradas e uma pedra verde.

LINHA DE TRABALHO QUE DÁ SUSTENTAÇÃO
Caboclos

AMANCI
Água da fonte com guiné macerada e curtida por três dias

OFERENDA

Local: bosques e matas. Material: Velas brancas, verdes e cor-de-rosa; cerveja branca, vinho doce e licor de caju; flores do campo, ervas e frutas variadas.
  
COZINHA RITUAL

1) Axoxô- Milho vermelho levemente cozido em água com um pouco de amendoim. Esperar esfriar e colocar sobre palha de milho ou numa gamela. Enfeitar com fatias de coco;
2) Quibebe- Refogar cebola picadinha na manteiga, até dourar. Juntar tomates picadinhos, pimenta malagueta e uma abóbora cortada em pedaços, um pouco de água, sal e açúcar. Tampar a panela e cozinhar em fogo lento até que a abóbora esteja bem macia. Amassar um pouco e o colocar sobre folhas de abóbora ou numa gamela;
3) Pamonha - Ralar espigas de milho verde não muito fino. Escorrer o caldo e misturar o bagaço com coco ralado (sem tirar o leite do coco), temperando com sal e açúcar. Enrolar pequenas porções em palha de milho e amarrar bem. Cozinhar numa panela grande, em água fervente com sal, até que desprenda um bom cheiro de milho verde;
4) Moranga levemente aferventada em água e depois aberta no topo. Aferventar espigas de milho e colocar dentro da moranga. Regar com mel e enfeitar com morangos e cravos da Índia;
5) Milho verde ligeiramente cozido (grãos) e amendoim levemente torrado. Colocar sobre palha de milho. Regar com mel, cobrir com coco ralado e enfeitar com morangos ou com carambolas fatiadas;
6) Moranga com canjica amarela. Cozinhar ligeiramente a moranga e abrir no topo. Colocar sobre palha de milho ou ervas frescas e variadas. Aferventar a canjica, escorrer e colocar na moranga. Regar com mel, cobrir com coco ralado e enfeitar com cravos da Índia;
7) Purê de abóbora ou de moranga, feito com caldo de cana e mel. Colocar sobre folhas de abóbora. Enfeitar com frutas ou com pedaços de cana-de-açúcar;
8) Batata doce cozida ou assada (ou purê da batata, feito com leite de coco), regada com mel. Oferendar sobre folhas de batata doce ou sobre ervas variadas e frescas.
9) Abacate com amendoim: cortar ao meio o abacate e retirar o caroço. Nesse espaço, colocar os amendoins inteiros e crus, regados com mel. Servir sobre folhas de abacate ou ervas frescas e variadas;
10) Paçoca de amendoim: amendoim torrado, moído e misturado com mel, até formar uma paçoca. Servir sobre ervas frescas e variadas;
11) Mandioca, cenoura, pepino- legumes com ação decantadora. Oferendar sobre a rama (folhas) da cenoura;
12) Milho vermelho levemente cozido e depois refogado com cebola ralada, camarão, sal e azeite de dendê. Enfeitar com fatias de coco sem casca e oferendar sobre palha de milho;

Receitas de aluá de abacaxi e de milho:

a) Aluá de abacaxi-
Ingredientes: Cascas de 2 abacaxis bem maduros e lavados; 2 litros de água mineral ou filtrada; 1 xícara de açúcar mascavo; 6 cravos-da-índia; 1 colher (chá) de gengibre ralado.
Preparo: Coloque as cascas de abacaxi numa tigela grande e cubra com água. Cubra a vasilha com pano limpo e deixe descansar até o dia seguinte. Junte os demais ingredientes e deixe descansar por mais um dia. Coe a bebida para uma jarra e deixe na geladeira até o momento de servir.
bAluá de milho-
Ingredientes: 5 espigas grandes de milho; açúcar mascavo; água; gengibre.
Preparo: Torre uma parte do milho, sem deixar pipocar. A outra parte fica ao natural. Triture o milho torrado e coloque junto com o milho natural numa vasilha de barro para fermentar durante um mínimo de sete dias. Junte o açúcar mascavo para apressar a fermentação. Já fermentado, coe e ponha um pouco de gengibre amassado e açúcar a gosto.

ALGUNS CABOCLOS DE OXÓSSI:
Arranca Toco (Ogum/Oxóssi), Araribóia (Ogum/Oxóssi), Cobra Coral (Xangô/Oxóssi), Caboclo Guiné, Caboclo Arruda, Pena Branca (Oxalá/Oxóssi), Pena Verde, Pena Azul (Oxóssi/Iemanjá), Cabocla Jurema, Pena Dourada (Oxóssi/Oxum), Tupinambá (Oxalá/Oxóssi), Tabajara, 7 Flechas (Oxalá/Oxóssi), Tupiára, Tupiaçu, Caboclo da Mata Virgem (Oxóssi/Oxum), Caboclo Rei da Mata (Oxalá/Oxóssi), Caboclo Pery, Caboclo Rompe Folha (Ogum/Oxóssi), Caboclo Coqueiro, Caboclo 7 Palmeiras (Oxalá/Oxóssi), Caboclo Folha Verde, Caboclo Rompe Mato (Ogum/Oxóssi), Caboclo Guarani (Oxalá/Oxóssi), Caboclo Jupissiara, Caboclo Tupã, Caboclo Ibiratam, Caboclo 7 Penas das Matas (Oxalá/Oxóssi).

Observação: Em geral, os nomes em tupi-guarani são de Caboclos de Oxóssi.

 ALGUNS EXUS DE OXÓSSI:
Marabô, Tronqueira (Ogum/Oxóssi/Obaluayê), Exu Mangueira, Exu 7 Folhas Verdes (Oxalá/Oxóssi), Exu Folha Verde, Exu das Matas, Exu Cipó, Exu Samambaia, Exu Pantera Negra (Oxóssi/Omolu), Exu 7 Garras (Oxalá/Oxóssi), Exu Pimenta (Oxóssi/Xangô), Exu Arranca Toco (Obaluayê/Ogum/Oxóssi), Exu Quebra Galho (Oxóssi/Ogum) , Exu Abre Mata (Oxóssi/Ogum), Exu Rompe Mato (Ogum/Oxóssi), Exu da Moita, Exu das Campinas (Oxóssi/Oxalá), Exu do Pantanal (Oxóssi/Nanã), Exu 2 Tocos (Oxóssi/Omolu) , Exu Folha Seca (Oxóssi/Omolu), Exu Gato, Exu Gato Preto (Oxóssi/Omolu), Exu Pantera, Exu Pena de Coruja, Exu Pena de Urubu (Oxóssi/Omolu), Exu Pena Preta (Oxóssi/Omolu), Exu Selvagem, Exu 7 Folhas (Oxalá/Oxóssi), Exu 7 Folhas Secas (Oxalá/Oxóssi/Omolu), Exu 7 Tronqueiras (Oxalá/Oxóssi/Obaluayê), Exu Tranca Matas (Ogum/Oxóssi), Exu Coquinho, Exu Coqueiro, Exu Coquinho dos Infernos, Exu da Campina (Oxalá/Oxóssi). 
Observação: Em geral, os nomes de felinos e outros animais são de Exus de Oxóssi.

ALGUMAS POMBAGIRAS DE OXÓSSI:
Esmeralda, Maria Padilha das Matas, Pombagira das Matas, Pombagira Rainha das Matas.
  
TRONO
Trono Masculino do Conhecimento
Linha
Conhecimento
Fator
Direcionador (fator puro) e Expansor (fator misto)
Essência
Conhecimento/raciocínio
Elemento
Vegetal e Ar
Polariza com
Obá
Cor
Verde, azul-escuro, magenta
Fio de Contas
de cristal ou de pedras verdes, ou então de sementes
Ferramentas 
Arco e Flecha, Penas
Ervas
acácia-jurema, abre-caminho, alecrim (alecrim de caboclo, alecrim do campo etc.), alfavaca do campo, alfazema de caboclo, amoreira (folhas), araçá de coroa, araçá da praia, araçá do campo, arruda miúda (ou arruda fêmea), aperta-ruão, bredo de Santo Antonio, cabelo de milho, caiçara, capim limão, capim cidrão, casca de laranja, chapéu de couro, cipó caboclo, cipó camarão, cipó cravo, coco de iri, erva curraleira, erva-doce, espinho cheiroso, desata-nó, espinheira santa, eucalipto, folhas de pitanga, folhas de manga, guiné, goiabeira, gengibre, guaco cheiroso, guaxima cor-de-rosa, guiné de caboclo, guiné pipi, hissopo, hortelã, incenso de caboclo, ingá, jaborandi, jurema branca, jureminha, jurema preta, levante, língua de vaca, malva do campo, malva rosa, maminha de vaca, manjericão, pacatirão, pariparoba, peregum verde, peregum verde e amarelo, pau d’água, pitanga, pitangatuba, patchuli (folhas), quebra demanda, rabo de tatu, romã, sabugueiro, saião, São Gonçalo, taioba. 
Simbolos
arco e flecha (Ofá) e um rabo de boi (Eruexim)
Ponto na Natureza
As matas
Flores
plantas, ervas e flores nativas (do campo)
Essências
Pedras
quartzo verde, esmeralda, jade, amazonita, turquesa, calcita verde. Dia indicado para a consagração: 3ª-feira. Hora indicada para a consagração: 09 horas
Metais e Minérios
Bronze (latão), Manganês- Dia indicado para a consagração: 3ª-feira. Hora indicada para a consagração: 08 horas
Saúde
cérebro inferior, olho esquerdo, ouvidos, nariz e sistema nervoso.
Planeta
Mercúrio
Dia da Semana
Quinta Feira
Chacra
Frontal
Saudação
"Salve nosso Pai Oxóssi!"- Resposta: "OKÊ ARÔ!", ou então: “OKÊ, OXÓSSI!”- Do Yorubá: Okê= monte; Arô = título honroso dado aos caçadores. O significado da saudação seria: “Salve o maior dos caçadores!”; ou “Salve o grande caçador!”
Bebida
aluá, mate (chá) com mel, cerveja branca, vinho tinto doce, vinho tinto rascante, batida de mel, vinho branco, licor de caju, garapas, vinhos doces, genebra, bebidas fermentadas e licores de frutas em geral
Animais
Comidas
abacate, abacaxi, abio, abóbora, amendoim, bacaba, bacuri, banana, butiá, cacau, caju, camboatá, cana-de-açúcar, carambola, cenoura, coco verde, coco seco, fruta do conde, goiaba, guabiroba, laranja, maçã, mandioca, mamão, manga, mangaba, melão, milho verde, moranga, morango, murici, nêspera (ameixa branca), pepino, pequi, sapucaia, siriguela.
Números
05
Data Comemorativa
20 de janeiro
Sincretismo
São Sebastião
Incompatibilidades
Mel
Qualidades
YBUALAMO, INLE, DANA DANA,  AKUERERAN, OTYN,  MUTALAMBO,  GONGOBILA, KOIFÉ, AROLÉ, WAWA, WALÈ, OSEEWE ou YGBO, OFÀ, TÁFÀ-TÁFÀ, ERINLÉ, TOKUERÁN, OTOKÁN SÓSÓ

Fonte: http://www.seteporteiras.org.br/index.php/os-orixas/oxossi

QUALIDADES




YBUALAMO – É velho e caçador. Come nas águas mais profundas. Conta um mito que Ybualamo é o verdadeiro pai de Logun Edé. Apaixonado por Oxum e vendo-a no fundo do rio, ele atirou-se nas águas mais profundas em busca do seu amor.
Sua vestimenta é azul celeste, como suas contas. Come com Omolu Azoani. Usa um capacete feito de palha da costa e um saiote de palha.

INLE – É o filho querido de Oxoguian e Yemonja. Veste-se de branco em homenagem a seu pai. Usa chapéu com plumas brancas e azuis claro. É tão amado que Oxoguian usa em suas contas um azul claro de seu filho. Come com seu pai e sua mãe (todos os bichos) e tem fundamento com Ogunjá.

DANA DANA – Tem fundamento com Exu, Ossain, Oxumará e Oya. É ele o Òrixá que entra na mata da morte e sai sem temer Egun e a própria morte. Veste azul claro.

AKUERERAN – Tem fundamento com Oxumaré e Ossain. Muitas de suas comidas são oferecidas cruas. Ele é o dono da fartura. Ele mora nas profundezas das matas. Veste-se de azul claro e tiras vermelhas. Suas contas são azul claro. Seus bichos são: pavão, papagaio e arara, tiram-se as penas e se solta o bicho.

OTYN – Guerreiro e muito parecido com seu irmão Ogun, vive na companhia dele, caçando e lutando. É muito manhoso e não tem caráter fácil. Muito valente este sempre pronto a sacar sua arma quando provocado. Não leva desaforos e castiga seus filhos quando desobedecido. Usa azul claro e o vermelho, conta azul, leva capangas, roupas de couro de leopardo e bode. Tem que se dar comida a Ogun.

MUTALAMBO – Tem fundamento com Exu.

GONGOBILA – É um Oxóssi jovem. Tem fundamento com Oxalá e Oxum.

KOIFÉ - Não se faz no Brasil e na África, pois, muitos de seus fundamentos estão extintos. Seus eleitos ficam um ano recolhidos, tomando todos os dias o banho das folhas. Veste vermelho, leva na mão uma espada e uma lança. Come com Ossain e vive muito escondido dentro das matas, sozinho. Suas contas são azuis claras, usa capangas e braceletes. Usa um capacete que lhe cobre todo o rosto. Assenta-se Koifé e faz-se Ybo, Ynlé ou Oxum Karé; trinta dias após, faz-se toda a matança.

AROLÉ – Propicia a caça abundante. É invocado no Padé. É um dos mais belos tipos de Oxóssi. Um verdadeiro rei de Ketu. As pessoas dele são muito antipáticas. Jovem e romântico, gosta de namorar, vive mirando-se nas águas, apreciando sua beleza. Come com Ogun e Oxum. Veste azul claro, aprecia a carne de veado e é ágil na arte de caçar.

KARE – É ligado as águas e a Oxum, porém os dois não se dão bem, pois, exercem as mesmas forças e funções. Come com Oxum e Oxalá. Usa azul e um Banté dourado. Gosta de pentear-se, de perfume e de acarajé. Bom caçador mora sempre perto das fontes.

WAWA – Vem da origem dos Òrixás caçadores. Veste-se de azul e branco, usa arco e flecha e os chifres do touro selvagem. Come com Oxalá e Xangô, pois, dizem que ele fez sua morada debaixo da gameleira. Está extinto, assenta-se ele e faz-se Airá ou Oxum Karé.

WALÈ – É velho e usa contas azuis escuro. É considerado como rei na África, pois, seu culto é ligado, diretamente, a pantera. É muito severo, austero, solteirão e não gosta das mulheres, pois, as acha chatas, falam demais, são vaidosas e fracas. Come com Exu e Ogun.

OSEEWE ou YGBO – É o senhor da floresta, ligado as folhas e a Ossain, com quem vive nas matas. Veste azul claro e usa capacete quase tapando o seu rosto.

OFÀ – Não é qualidade, significa, “o arco e a flecha do caçador, sendo de Oxóssi o seu principal apetrecho”.

TÁFÀ-TÁFÀ - O caçador arqueiro, aquele que exímio atirador de flechas, é predicado que se diz de Òsóòsì.

ERINLÉ – É também um outro Oxóssi, que, a exemplo de Inlè, cujo culto também caiu no obscurantismo, acabando por tornar-se “qualidade de Oxóssi”.

TOKUERÁN – O caçador é quem mata a caça, diz-se da actuação do caçador.

OTOKÁN SÓSÓ – Embora muitas vezes seja citado como uma qualidade, não é qualidade, é um oríkì que significa o caçador que só tem uma flecha . Ele não precisa de mais nenhuma flecha porque jamais erra o alvo.
Título que Oxóssi recebeu ao matar o pássaro de Ìyámi Eléye. Não fazendo parte do rol dos caçadores que possuíam várias flechas, Oxóssi era aquele que só tinha uma flecha.
Os demais erraram o alvo tantas vezes quantas flechas possuíam, mas, Oxóssi com apenas uma flecha foi o único que acertou o pássaro de Ìyámi, ferindo-o com um tiro certeiro no peito.
Por essa razão é que ele não recebe mel, pois o mel é um dos elementos fabricado pelas abelhas, que são tidas como animais pertencentes a Oxum, mas, também às Ìyámi Eléye.
Então, é èèwò (proibição) para Oxóssi. Por essa razão também, é que se dá para Oxóssi o peito inteiro das aves, como reminiscência desse ìtàn.



Fonte: http://www.mundodasmagias.com/orixas/oxossi/

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28 de outubro é o "Dia de São Judas Tadeu" com sincretismo com Xango

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No dia 28 de outubro é comemorado o “Dia de São Judas Tadeu“, o santo das causas impossíveis e dos casos desesperadores e aflitos, mas não deve ser confundido com Judas Iscariotes, o outro apóstolo que traiu Jesus.
28 de setembro
São Judas Tadeu comemorado em 28 de setembro
A lenda conta que São Judas teria nascido de uma família judaica em Paneas, uma cidade na Galileia que, quando foi posteriormente reconstruída pelos romanos, foi renomeada para Cesareia de Filipe.
É quase certo que ele falava tanto o grego quanto o aramaico, assim como os seus contemporâneos naquela região, e que era um fazendeiro de profissão.  Ainda de acordo com a lenda, São Judas era filho de Cleofas e sua esposa, Maria, uma irmã da Virgem Maria.
Esta mesma tradição afirma que seu pai fora assassinado por sua devoção aberta e irrestrita ao Cristo ressuscitado.

Conta uma historia que...

Meu nome é Judas… São Judas Tadeu!

Judas. Este é o nome de um possível parente de Jesus Cristo. Tadeu, o segundo nome, significa “corajoso”. Dia 28 de Outubro é dia de São Judas Tadeu!
São judas é também reverenciado todo dia 28 do mês
Todo dia 28 do mês é consagrado a este santo das causas impossíveis.
O nome Judas significa “seja Deus louvado”, mas a traição do apóstolo Iscariotes trouxe uma névoa de preconceito sobre esta benção! Jesus teria dito a Santa Brígida, padroeira da Suécia, que sofria pelo marido enfermo, para recorrer a São Judas Tadeu, pois ele queria ajudar os seus irmãos neste mundo. Graças a esta aparição, São Judas Tadeu passou a ser muito venerado no mundo todo.
São Judas Tadeu é comemorado em 28 de outubro, mas todo dia 28 do mês podemos pedir graças ao santo católico. Este Santo é como um advogado, o santo das causas perdidas. Era também Apóstolo de Cristo e, muito provavelmente, falava tanto o grego quanto o aramaico, podendo ser mediador de muitas comunicações em sua época de vida. Dizem alguns que ele era o noivo no fatídico casamento em que Jesus teria transformado a água em vinho.
Muitas vezes nos sentimos sem forças, desesperados, como se o mundo tivesse acabado. Mas não nos esqueçamos que nossos irmãos são de todos os tipos e estão em toda parte para nos lembrar que a vida não acaba nunca! Apenas se transforma e abrir mão de certas coisas é importante para que isto aconteça. Podemos não perceber, mas às vezes devemos abrir mão de coisas que não são materiais, devemos abrir mão daquele sentimento que é só nosso e não renderá mais frutos ou daquele velho vício, que carinhosamente chamamos de hábito para não termos que mudar.
Na maioria de suas imagens o Santo segura um cajado, mais curto que seu corpo, ou um machado. Também um livro ou um pergaminho, que são suas epístolas, uma espécie de carta com mensagens, contendo o relato de sua Divina experiência por receber o Espírito Santo. Já as armas que carrega indicam possíveis histórias sobre como ele teria sido assassinado: a pauladas ou pelas lâminas de um machado.
Xangô , senhor supremo da justiça
Em algumas casas de Umbanda existe o sincretismo de São Judas Tadeu com o orixá Xangô, pelo símbolo do machado e pelo poder de amparar os desesperados. Sabe-se que Xangô é extremamente forte e manifesta-se quando, no momento de desespero, alguém se ergue subitamente, abandona os maus fluidos e vai, corajosamente, em direção à solução de seus problemas.
Ore para ser forte e justo! Agarre para si a arma de seu inimigo e não a use contra ele. Simplesmente perceba como você é maior que ela. São Judas teve seu corpo atacado, mas sua alma, seu poder e sua benevolência prevalecem além da madeira e do metal.

Oração a São Judas Tadeu

Glorioso Apóstolo, Fiel servo e amigo de Jesus! A Igreja vos honra e invoca por todo o mundo como Patrono dos casos desesperados e dos Negócios sem remédio. Rogai por mim que estou desolado. Eu vos imploro, fazei uso do privilégio Que tendes de trazer socorro imediato, Onde o socorro desapareceu quase que por completo. Assiste-me nesta grande necessidade, Para que eu possa receber as consolações e auxílio Do céu em todas as minhas precisões, tribulações e sofrimentos. São Judas Tadeu, lembrar-me-ei sempre deste grande favor E nunca deixar de vos louvar e honrar com meu especial E poderoso patrono E fazer tudo que estiver ao meu alcance Para espalhar a Vossa devoção por toda parte. Amém…
São Judas Tadeu rogai por nós.
Rezar um Pai Nosso, uma Ave Maria e Glória ao Pai.

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15 de Novembro de 1.908

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Bom dia, amigos!

❝Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã estarei na casa deste aparelho, para dar início a um culto em que estes pretos e índios poderão dar sua mensagem e, assim, cumprir a missão que o Plano Espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E se querem saber meu nome que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim.❞
Salve a Umbanda!






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Umbanda - Minha Fé

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Sou a fuga para alguns, a coragem para outros.
Sou o tambor que ecoa nos terreiros, trazendo o som das selvas e das senzalas. 
Sou o cântico que chama ao convívio seres de outros planos.
Sou a senzala do Preto Velho, a ocara do Bugre, a cerimônia do Pajé, a encruzilhada do Exu, o jardim da Ibejada, o nirvana do Indu e o céu dos Orixás. 
Sou o café amargo e o cachimbo do Preto Velho, o charuto do Caboclo e do Exu; o cigarro da Pombo-Gira e o doce da Criança. 
Sou a gargalhada da Pomba Gira , o encanto da Cigana, a seriedade do compadre.
Sou o fluído que se desprende das mãos do médium levando a saúde e a paz.
Sou o isolamento dos orientais onde o mantra se mistura ao perfume suave do incenso.
Sou o Templo dos sinceros .
Sou o mistério, o segredo, sou o amor e a esperança.
Sou a cura.
Sou de ti.
Sou de Deus.
Quem eu sou ? 
UMBANDA .

#grupoboiadeirorei

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Porque Jogamos Água na rua ?

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A misteriosa Religião dos Òrìsàs é norteada de costumes e dogmas, um deles é aquilo que chamamos de “despachar a rua”, que condiz em jogar três punhados de água, antes de entrar ou sair de casa. Mas porque fazemos isso? Primeiramente é importante recordarmos da importância da água na nossa cultura. No Candomblé não se faz nada sem água, ela que umidifica, resfria e fertiliza. Nós mesmos, antes de nascermos, no útero de nossa mãe, ficamos o período gestacional na água do ventre materno, somente isso já seria o suficiente para sermos gratos à água diariamente, afinal, sem ela não existiríamos.
Há muitos momentos em que despachamos a porta. As ocasiões mais comuns são ao acordamos, ao sairmos de casa e ao retornarmos para casa. Mas não são somente nesses momentos. Por exemplo, há determinadas cantigas que retratam um momento de muita turbulência na vida do Òrìsà, podendo despertar sua cólera se entoadas em momentos inoportunos. Nessas situações, o Babalòrìsà ou Ìyálòrìsà, sempre atento, solicita à uma antiga egbon, que jogue água à rua, apaziguando o Òrìsà que foi recordado de um momento adverso em sua vida no Aye.
Em suma, em todos esses momentos, o objetivo é apaziguar. Há uma frase em yorùbá que diz “Somente a Água Fresca Apazigua o Calor da Terra”. Ao acordamos, despachamos a porta, recitando palavras que tem por objetivo, pedir que aquele dia seja de tranqüilidade e de harmonia. Quando estamos saindo de casa, jogamos água à rua, rogando à Èsù Oná (O Senhor dos Caminhos), que aquela água, apazigúe os caminhos que vamos percorrer e que, sobretudo, não nos deparemos com situações que nos exponha a riscos.
Ao entrar na Casa de Candomblé, por exemplo, despachamos a rua, pedindo licença aos Donos da Porteira, reverenciando-os sempre. Em muitas casas de Candomblé a porteira está sempre aberta, isso não significa que não há dono, muito pelo contrário. Nesse aspecto, pedimos licença (Ago) aos Donos da Porteira, mostrando nosso respeito e, pedindo que a água resfrie a terra, até o momento em que, vamos nos purificar por meio do Omi Ero ou Omi Agbo, para poder então, partilhar do convívio no Terreiro de Asè.
Por isso, jamais se esqueçam, apazigúe a terra antes de caminhar sobre ela.


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Previsões para 2015 Orixá Ogum

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Em novembro de 2014 relatamos 50 revelações, ao qual foram acertadas 40 das relatadas, estas previsões são a partir de novembro de 2014 até dezembro de 2015, orientamos que os fatos previstos são de acordo com as  orientações de nossos mentores, podem sim sofrer mudanças quando houver manifestação do amor, bondade e submissão a vida terrena,  para este ano foi-me ofertado 50 novas previsões, as quais não foram autorizadas nas negativas efetuar os nomes ou maiores detalhes, peço a todos que compreendam a forma que é colocada cada previsão.

Previsões para 2015


Regência do ano de 2015



“ O Ano de 2015 será um ano bem interessante, Será Regido pelo orixá OGUM, sim o Grande guerreiro das demandas, Patrono da umbanda, o senhor da Forja do Candomblé, em conjunto com o Orixá Ogum vem também o Orixá Exú. E quando temos um Ano regido por esse grande Orixá temos um ano de batalhas mas principalmente conquistas.
2014 o Ano que foi e está sendo Regido por Xangô é um ano de julgamento, onde nossas atitudes estão na grande balança do orixá da pedreira, Ogum em 2015 vem montado em seu cavalo branco trazendo a conclusão de nosso julgamento. Ogum vem empunhando sua espada e nela executando nossas ações, atuando e agindo na sagrada Lei.

COMO VAI SER A REGÊNCIA DE OGUM EM 2015

Aqueles que plantaram sopros em 2014 colherão ventos em 2015, os que plantaram chuvas colherão tempestades porém aqueles que semearam uma pequena luz colherão ótimos e quentes dias ensolarados assim é Ogum o Executor!

Espiritualmente estaremos muito bem guardado, pois o Orixá do Ferro é um grande protetor e guardião de todos os caminhos! Climaticamente teremos um ano não tão quente pois Ogum mora na Lua e Xangô é o fogo, logo teremos mais chuvas, mais umidade que este ano desértico de 2014!

Além de Ogum em 2015 teremos a Influência de EXU o Orixá mensageiro, não aquele Exu entidade que trabalha em terreiros e sim Exú Orixá. Exu influenciará de forma acelaradora mais ainda, teremos um Ano que passará voando assim como Exu voa com seus pés com asas, Um Ano Acelerado onde teremos o nosso recebimento de forma muito Rápida, Orixá Ogum é o senhor da guerra, então prepare-se para ver muita guerra e brigas entre países este ano, alias ano de Ogum é ano de batalha e vitória principalmente para seus filhos de cabeça e adoradores, Exú vem com força em aquisição de bens, melhoria de relacionamentos e aumento de salários, é um ótimo ano para desenvolver projetos e procura de novos horizontes, quando existem esta união Ogum e Exú o ano promete muito, mas o trabalho é dobrado, somente quem não desiste ou não tem objetivos ficam para trás, procure utilizar as oferendas, banhos e proteção destes Orixás este ano que promete.



ANO CHINÊS 2015 ANO DO CARNEIRO OU CABRA INFLUÊNCIA NO ANO DE OGUM E EXÚ

O Ano novo Chines este ano é do Carneiro Ou Cabra, (animal do Orixá Exú), começa com a lua nova no primeiro dia, e termina com lua cheia 15 dias depois, (Ogum tem Influência sobre a lua), O Ano Chines acompanha nossas previsões pois é baseado na combinação dos movimentos lunares e solares, o ciclo lunar dura 29 a 30 dias, A fim de acertar o calendário Solar, o calendário Chines, faz a inserção de um mês extra a cada poucos anos, (sete anos a cada ciclo de 19), O que equivale a adicinar um dia extra no ano bissexto do calendário gregoriano, por este motivo, o ano novo Chines calha numa data diferente a cada ano


COMBINAÇÕES DO ANO DE OGUM E O ANO CHINÊS DO CARNEIRO OU CABRA.

Pelo motivo simples das combinações das luas do início do ano do Carneiro, podemos verificar que é um ano de lutas, é um ano de seguir seus instintos e objetivos, (imagine uma cabra ela olha sempre a sua frente e enfrenta seus adversários com seus chifres) agora veja a coincidência , Exú tem a Cabra em seu domínio, Lua nova iniciando o círculo e terminando com cheia, podemos reparar em um evolução, então este ano é muito bom para novos trabalhos, novos compromissos, aquisições de bens, e abertura de empresas, muito melhor que o ano de 2014, comparando com o ano passado que foi de muita justiça e também perda de pessoas com desencarne, este ano é melhor neste sentido, não sendo aferidor de carma como Xangô, Ogum, está próximo ao trabalho e luta por seus objetivos, com o Carneiro e Cabra do ano Chinês, demonstra que Ogum pede esforço e também algo em troca de sua ajuda, ou seja, um bom assentamento no pedido e quando receber será bem vindo, aquelas pessoas que não são de religiões que cultuam Ogum, devem pelo menos ofertar donativos as pessoas carentes, asilos ou orfanatos, pagar com caridade um graça alcançada é a melhor contribuição.

Imagine que toda entidade ou Orixá esta em plena evolução, e você como canalizador de um pedido, estará em sintonia quando puder fazer algo por seu semelhante em nome de um espírito que evolui a cada ato praticado para o bem em nome desta entidade espiritual, não peça troca, faça agrado ao seu semelhante encarnado, assim seu pedido será alcançado.

Evoluir queridos amigos, é uma corrente que aos alcançar mais elos certamente fará nosso mundo melhor, evoluir é alcançar a extrema conduta social, não praticar algo que prejudique seus semelhantes, os animais, a natureza, quando se pratica a evolução encontramos uma vida melhor nesta encarnação e nas encarnações futuras.

Estas previsões estão com suas marcações somente para conhecimento, detalhes não são passados neste canal de comunicação.

PREVISÕES PARA O ANO DE 2015


1- Apresentador do SBT morre em acidente
2- Brasil entra em crise financeira e inflação aumenta.
3- Corte de gastos afeta programas sociais no Brasil
4- Acidente aéreo com o ex presidente
5- Morre ex deputado do mensalão 
6- Pelé sofre problemas grave de saúde 
7- Preso jornalista da Rede Globo
8- Crise na Rede Record por desvio de dinheiro
9- Morre deputado federal em acidente
10- Queda de viaduto em São Paulo
11- Gugu Liberato adquire emissora de tv
12- Tarcísio Meira tem grave doença
13- Acidente com produto nuclear no Brasil
14- Naufrágio de Barco de grande porte em águas Brasileiras
15- Greve geral novamente no Brasil afeta o governo
16- Cantor brasileiro mutilado em acidente
17- Levi Fidelis é agredido
18- Explosão de galeria na região da do centro de São Paulo
19- Apresentador Celso Portiolli sofre acidente
20- Descoberto vacina contra o Ebola, vacinação mundial
21- Príncipe Charles sofre acidente
22- Papa Francisco recebe premio nobel da paz.
23- Silvio Santos é roubado por diretor do SBT 
24- Dirigente do PT é preso com joias e barras de ouro
25- Morre imperador da Coreia
26- Livro secreto de Chico Xavier é descoberto
27- Líder evangélico é assassinado dentro da igreja
28- Presidente de construtora comete suicídio
29 - Acidente fatal com ator em filmagem na Rede Globo.
30- Pintura de Picasso é destruída por incêndio
31- Explosão de plataforma de petróleo no Brasil
32- Inaugurada nova TV no Brasil tem autos índices de audiência
33- Brasil tem abalos sísmico e causa preocupação
34- Manifestações faz mudança no código penal Brasileiro
35- Novo incêndio em casa noturna em São Paulo
36- Seca causa graves problemas nas grandes cidades do Brasil com energia e falta de água.
37- Aécio Neves tem problemas com a justiça.
38- Corrupção nas construções das hidroelétricas 
39- Colapso no sistema de saúde do Brasil, criado sistema de saúde inovador.
40- Criada nova Lei de licitações desbanca construtoras de grande porte.
41- Energia alternativa é desenvolvida no Brasil
42- Cidade evangélica é construída no Brasil 
43- Bailarina da rede Globo é presa por tráfico de drogas
44- Ex jogador Neto envolve-se em acidente de carro com vítimas
45- Programa Pânico sai da rede Bandeirantes
46- Prédio desaba na Baixada Santista de São Paulo
47- Acidente com submarino Russo
48- Morre ditador Fidel Castro
49- Atentado com o Papa Francisco
50- Pedido de impeachment de Dilma

Simpatia para o ano de Ogum e Exú

Peque uma pequena quartinha, (jarrinha, vendida em casa de Umbanda), coloque seus pedidos e objetivos escritos em papel dentro da quartinha, coloque areia do mar, sete moedas de cor prateada, três chaves, cubra com mais areia do mar, feche a tampa da quartinha com cola, depois acenda uma vela vermelha e derrame a parafina selando a tampa, amarre uma fita vermelha em volta da quartinha, e coloque-a na entrada de sua casa, ou empresa, não precisa ficar a mostra.


Que a Divina Luz esteja entre nós

Emidio de Ogum

Simpatias para o ano novo de 2015

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O ano de 2015 será regido por OGUM, e para todos que querem saber o que fazer para atrair bons fluidos devem saber que OGUM é o senhor do ferro, da força e é um guerreiro, então simpatias ou assentamentos para prosperidade devem conter elementos de ferro, a espada de São Jorge (planta), é muito boa para repelir maus olhados, quebrar feitiços, ou mesmo guardar sua empresa ou casa, deverá ser plantada sempre na entrada do local a ser guardado. 

Crendices e superstições de Ano Novo

Acredita-se que comer lentilha traz sorte, pois, como é um alimento que cresce, faz a

pessoa crescer também;

Uma das simpatias mais comuns feitas no Ano Novo para atrair dinheiro é a da romã. Chupe sete sementes na noite de Réveillon, embrulhe todas num papel e guarde o pacotinho na carteira para ter dinheiro o ano inteiro;

O consumo de aves, como o peru e o frango, e o de caranguejo não é indicado na ceia de Ano Novo. Como esses animais ciscam ou andam para trás, acredita-se que quem comê-los regride na vida;

Guarde uma folha de louro na carteira durante o ano inteiro para ter sorte;

Coma três uvas à meia-noite, fazendo um pedido para cada uma delas;

Jogue moedas da rua para dentro de casa para atrair riqueza;

Dê três pulinhos com uma taça de champanhe na mão, sem derramar nenhuma gota, e jogue todo o champanhe para trás para deixar tudo o que for ruim no passado;

Passe as 12 badaladas em cima de uma cadeira ou banquinho e depois desça com o pé direito;

Pule num pé só (o direito), à meia-noite, para atrair coisas boas;

Não passe a virada do ano de bolsos vazios para não continuar o ano inteiro com eles vazios;

Coloque uma nota no sapato para chamar dinheiro;

No dia 31, faça uma boa limpeza na casa, varrendo-a de trás para frente. Coloque para fora todo lixo, objetos quebrados e lâmpadas queimadas. Não guarde as roupas do avesso;

Para evitar energias ruins, muitas pessoas lavam os batentes das portas com sal grosso e água e borrifam água benta nos quatro cantos da casa;

Na primeira noite do ano, use lençóis limpos;

À meia-noite, para ter sorte no amor, cumprimente em primeiro lugar uma pessoa do sexo oposto;

Quem pretende viajar bastante no ano que se aproxima, deve pegar uma mala vazia e dar uma volta dentro de casa;

Abra as portas e janelas da casa e deixe as luzes acesas;

O primeiro negócio do ano nunca deve ser fiado nem com pessoa pobre.

E as simpatias ajudarão, com toda certeza. O importante é acreditar! Feliz Ano Novo e Boa Sorte!

Banho mágico para atrair prosperidade financeira


Você vai precisar de um ramo de salsa, uma colher de sopa de pó de canela, uma noz-moscada ralada, uma colher de chá de mel e uma colher de chá de gengibre ralado. Prepare o chá tradicionalmente. Deixe amornar e depois coe. Tome seu banho normalmente e depois jogue lentamente essa mistura sobre o corpo. Seque-se sem o auxílio da toalha. Faça esse banho no último dia do ano e verá que dinheiro não vai faltar!

Para atrair sorte durante o ano todo I


Material necessário: uma garrafa de champagne ou cidra. No momento exato da passagem de ano, lave a calçada de sua casa com o champagne, sem derramar toda garrafa. Guarde um pouquinho e deixe-a durante sete dias junto à porta de sua casa, pelo lado de fora. Passado esse período, jogue-a fora, em água corrente.

Para atrair sorte o ano todo II

Uma simpatia que já virou tradição é a do uso de roupas íntimas com determinadas cores, durante a virada do ano. Dizem que é uma das mais eficazes. Para quem quer atrair dinheiro e fartura, use peças amarelas ou douradas; as brancas atraem paz e felicidade; as vermelhas são ótimas para as grandes paixões. Para quem quer viver um grande amor, prefira as de cor rosa.

Simpatia da uva

No dia 31 de dezembro, à meia-noite em ponto, coma 12 uvas. Ao comer cada uma delas, mentalize saúde, paz, amor, união e prosperidade, para você e sua família. Cada uva representa um mês do ano. Desta forma você estará mentalizando todas estas coisas positivas para o ano todo. Depois, guarde os caroços onde achar melhor.

Para ter sorte no amor

Quando der meia-noite, cumprimente uma pessoa do sexo oposto. Mas tem que ser antes de qualquer outra pessoa!

Magia para conquistar quem deseja

Esta magia pode ser feita durante o ano todo... Coloque uma folha de papel branco sobre um prato. Desenhe um coração do tamanho do fundo deste mesmo prato. Depois, recorte o desenho e escreva, nas três primeiras linhas, o nome da pessoa desejada. Em outras três linhas, escreva seu próprio nome. Ponha o desenho do coração no fundo do prato e derrame um pouco de mel sobre ele, juntamente com algumas pétalas de rosa branca. Acenda uma vela branca no meio do prato, deixando-a queimar totalmente. Quando a vela terminar de queimar, firme o pensamento na pessoa desejada. Guarde o prato durante uma semana. Feito isso, lave as pétalas e coloque-as dentro de um livro de sua preferência. O prato com o coração deverá ser deixado debaixo de uma árvore bem bonita!

Para arrumar namorado(a)

Na última semana de dezembro, ferva 3 litros de água numa panela. Depois coloque sete flores de amor-perfeito, uma rosa vermelha, deixando abafado por cinco minutos. Após seu banho normal, pingue cinco gotas do seu perfume favorito, jogando a mistura no corpo, do pescoço para baixo. Deixe o corpo secar naturalmente. Feito isso, ponha uma roupa vermelha. As sobras do banho deverão ser embrulhadas num pedaço de jornal e jogadas no lixo.

Para arrumar um novo emprego
Escreva seu nome completo em um papel branco. Depois, pegue um copo virgem e coloque o papel com seu nome dentro, acrescentando uma colher de açúcar ou mel de abelhas. Encha esse mesmo copo com água limpa e coloque num lugar alto por uma semana completa. Reze um Pai-Nosso e uma Ave-Maria todos os dias em frente ao copo. Quando arrumar o emprego, tome um banho e depois jogue a água do copo pelo corpo do pescoço para baixo. O copo deverá ser jogado fora, de preferência no mar.

(Nota da Redação do site: sugerimos que o copo não seja jogado ao mar, pela preservação da Natureza. Hoje em dia, já há coleta seletiva para fins de reciclagem).


DICAS PARA SUA SIMPATIA DAR CERTO:


Lembre-se sempre que a fé é o melhor ingrediente para qualquer simpatia.
Não tenha ansiedade. Faça sua simpatia e aguarde os resultados, sem pressa.


Não conte para ninguém que fez esta ou aquela simpatia. O silêncio é a alma do negócio e evita o famoso "olho gordo".

Facilite o resultado da simpatia. Pense sempre que dará certo e não espere que a simpatia faça tudo sozinha. Crie boas oportunidades e seja feliz!


Atrair ou manter um amor

Quem é casada e quer manter o relacionamento deve acender duas velas amarelas. Peça a Oxum - a deusa do amor, da fertilidade, da pureza e do ouro - estabilidade no relacionamento. Se for solteira, acenda uma, e peça para que apareça alguém especial em sua vida. Depois de acesa, derrame mel em volta da vela, coloque quatro búzios, quatro moedas de mesmo valor e oito ou dezesseis rosas amarelas. Para dar certo é preciso ficar na praia até a vela terminar de queimar.

Para o amor voltar

Escolha oito pedaços de fitas coloridas com 1 metro (todas devem ter cores diferentes, menos preto e vermelho). Olhe na direção do mar e coloque quatro fitas em cada ombro. Com os pés na água, despetale três rosas amarelas. Jogue as pétalas por cima da sua cabeça e deixe que elas caiam no mar. Solte então uma fita de cada vez na água e peça que Oxum traga de volta quem você ama.

Para ter sorte no amor

Pegue cinco ou oito rosas brancas, perfume de alfazema, fitas com as cores da harmonia (azul, amarelo, rosa, branco e verde), espelho, talco, sabonete e bijuterias. Forre uma cesta com celofane, amarre uma fita no cabo de uma flor e jogue um pouco de talco e de perfume por cima. Depois, coloque o espelho, o sabonete e as bijuterias na cesta e leve para o mar. Conte três ondas e, na quarta, ofereça a cesta à Iemanjá e a Oxum.

Para ter felicidade

Comece a usar, a partir do dia 28 de dezembro, um par de meias brancas novas. No quarto dia, coloque a meia do pé direito no sol. Depois atire-a longe -cuidado para ela não cair em nenhum lugar úmido. À meia-noite do dia 31 coloque a meia do pé esquerdo ao luar e depois jogue longe dizendo: “Minhas meias foram longe. Não têm teia, nem idade. Se elas se foram, porque se foram, virá a felicidade. Assim seja”.

Para afastar maus fluidos

Na beira do mar, com a água na altura da canela, derrame pipoca ao longo de seu corpo, da cabeça aos pés. Deixe que o mar leve a pipoca, que é um elemento do orixá Omolu, senhor da vida, da cura e da saúde.

Para ter paz, tranqüilidade e prosperidade

Misture pétalas de rosa branca, arroz cru e uma essência e passe pelo corpo. Olhando para o mar, reze pedindo paz e prosperidade para o ano que se aproxima. Tire os sapatos e entre no mar vestida com uma roupa branca. Dê três mergulhos e dê costas para a areia.

Para ter dinheiro o ano inteiro

Leve para a praia sete rosas brancas, sete moedas do mesmo valor, perfume de alfazema
 e um champanhe. Reze para Iemanjá e para os orixás que têm força no mar. Conte sete ondas e jogue as flores no mar. Em seguida, coloque o conteúdo do champanhe e ofereça aos orixás. Lave as moedas com o perfume e coloque-as na mão direita. Mergulhe a mão na água e peça proteção financeira. Deixe o mar levar seis moedas e fique com uma, que deve ser guardada como amuleto durante o ano.

Feliz 2015 e que nosso Pai Oxalá nos abençoe sempre

Oração para Ogum regente no ano de 2015

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Ogum, meu Pai - Vencedor de demanda, este ano será de sua regência com muito louvor, o poderoso guardião das Leis, olhai por mim, por minha família e por meus amigos no ano de 2015, mantenha seu escudo a frente de todos nós protegendo-nos dos inimigos e de tudo que nós possa fazer mal; Chamá-lo de Pai é honra senhor Ogum , esperança, é vida. 
Vós sois meu aliado no combate às minhas inferioridades. 
Mensageiro de Oxalá - Filho de OLORUN. 
Senho Ogum , Vós sois o guerreiro dos indefesos, 
depurai com Vossa espada e lança tudo que possa nós fazer mal, 
Pai Ogum, irmão, amigo e companheiro, 
Continuai em Vossa ronda e na perseguição a todos que fazem o mal a nosso planeta, Pai Ogum, glorioso Orixá, reinai com Vossa falange
de milhões de guerreiros e mostrai por piedade o bom caminho
para o nosso coração, consciência e espírito. 
Despedaçai, Pai Ogum, o amor em todo ser terrestre e expulsai o mal da terra. 
Pai Ogum, Senhor da noite e do dia guardai todas as nossas horas, 
livrai-nos da tentação e apontai o caminho de nosso senhor. 
Percorrei em nosso futuro todas nossas caminhadas, retirando todos obstáculos e fortalecendo nossas forças contra nossos inimigos.

Paz e na Glória de OLORUN. 

Ogunhê meu pai Ogum!

Glória a OLORUN!

4 de Dezembro - Dia de Yansã com sincretismo com Santa Barbará

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Salve Mãe! Sua benção!



"Eparrêi ó iansã
És dona do meu axê
Ó bela oiá - eparrêi !!!
Senhora dos ventos
Senhora das nuvens de chuva
Dentro de mim
Rainha dos raios
Tempo bom
Tempo ruim...
Seja em qualquer tempo,
Tua espada brilha,
Dizendo que a bonança chegou
Eparrêi minha mãe!
Eparrêi oiá"


Iansã

Orixá que rege os ventos, rainha dos raios. É iansã quem domina os furacões e ciclones; orixá do fogo, do calor, guerreira e regente das paixões.
Orixá de temperamento firme, vibrante, principalmente porque está ligada às tempestades, aos raios, a tudo que é imediato. Nada fica para depois. 
Iansã, para proteger seus filhos, faz o sol virar luar.
O senso de decisão, é a característica mais pronunciada de iansã. Nenhum outro orixá, concita-nos tão de perto, a tomar posições definidas em nossa própria vida.
Iansã é um orixá feminino muito cultuado no brasil, sendo figura das mais populares em nossa terra e também na áfrica, onde é predominantemente cultuada sob o nome de oyá. É um dos orixás que mais penetrou na umbanda, talvez por ser um dos que se relaciona, no liturgia mais tradicional africana, com os espíritos dos mortos, que têm participação ativa na umbanda.
Em síntese, iansã é a força dos ventos. Quando concentrada num objetivo, pode ser devastadora. É totalmente imprevisível, destruindo todos os obstáculos que estiverem á sua frente, quando se trata de lutar por aquilo que quer. Ao mesmo tempo, pode agradar quando brando, acariciando as plantas, fazendo o ar mais leve.
É orixá do prazer, da sinceridade e da busca extrovertida da paixão e da felicidade, o símbolo da mulher guerreira que gosta de lutar e tem tanto na guerra como sexo - ou seja, nas emoções fortes, arrebatadoras e totalizantes - a fonte para continuar vivendo.
Senhora da ciência e da decisão, alerta-nos  para que possamos nos reformular interiormente, permite que sejamos capazes de justificar um correto viver e um permanente aperfeiçoamento, guiando-nos no caminho do amor, da verdade e da justiça.

Eparrêi oiá !!!

Cor a ser mentalizada: coral

O que ser mentalizado: uma tempestade.

Elemento: água e ar
Cântico: vibrantes, fortes. Seus cânticos espelham independência, poder e vontade decisiva.

Iansã, menina
Dos cabelos louros
Onde é sua morada,
É na mina do ouro

Guias: as guias de oxum são coral de cristal. Em nossa casa branca padronizamos a guia de cristal nº 8. São feitas em múltiplos de 7 de forma a contornar o plexo solar. Esta guia só pode ser usada pelos médiuns que se afinam de uma forma incomum com esta energia, após entendimento e conversa com os zeladores, e deve nascer após a quinta obrigação: (os dois orixás), que é dada pelos zeladores da casa e sob sua responsabilidade.

Características de seus filhos: os filhos de iansã preferem as batalhas grandes e dramáticas ao cotidiano repetitivo. Costumam ver guerra em tudo, sendo portanto competitivos, agressivos e dados a ataques de cólera. São as vezes instáveis, exagerados, dramáticos em questões que, para outras pessoas, não mereceriam tanta atenção. Fazem mesmo tempestade em copo d'água.

Dia em que se comemora iansã: 04 de dezembro (de acordo com o calendário oficial de umbanda).

Dia da semana: quarta-feira ou segunda-feira.

O que pedir a este orixá: coragem, força nas batalhas, nas guerras diárias e interiores.

Flores:  de preferência que tenha a tonalidade coral, lírio, gerânio, flor de romã.

Frutas: groselha, romã, manga rosa, framboesa, caju, pêssego, jenipapo, pitanga.

Ervas: folha de fogo, bambu, cambuí, levante, umbaúba, sensitiva, casuarina, pinhão roxo, pinhão branco, espirradeira, espada de iansã, gerânio, dormideira, erva prata, cipó chumbinho, flamboião.

Bebidas: gengibre com água de chuva, rapadura com água de chuva, sumo de suas próprias ervas e frutos, champanhe.

Mineral: cobre e estanho

Saudação: "eparrêi oiá ! Eparrêi oiá !

Eparrêi  = vento majestoso
Oiá = nome por que é conhecida iansã
"salve os majestosos ventos de oiá".

Oferendas: todas as vezes que os zeladores ou direção espiritual da casa perceberem a necessidade de um filho fazer uma oferenda para um orixá, lhe será dado o pedido e marcado o dia a ser feito.

Pontos



Olha a matamba é tata é mé
Olha a matamba é tata é má
O iansã olha a matamba é
Olha a matamba é tata é má

O vento vem soprando o nome dela
Dizendo que já vai relampeja
As flores no jardim ficam mais belas
Porque nossa rainha vai chegar
Oiá dançando como ninguém
E traz seu ialochim pra espaná
Com sua espada cor de fogo
Ela vem
Oiá eparrêi ela vem pra saravá
Ela é a mais bonita, eparrêi
É  valente, é guerreira, eparrêi
Ela é uma moça bonita
Ela é dona do seu jacutá
Eparrêi, eparrêi, eparrêi
A mamãe de aruanda 
Segura seus filhos
Na fé e na lei

História de Santa Bárbara 




Nasceu na cidade de Nicomédia na região da Bitínia, onde hoje se localiza a cidade de Izmit, na Turquia, às margens do Mar de Mármara.
Bárbara viveu no final do Século III.
Foi uma bela jovem, filha única de Dióscoro, um rico e nobre morador de Nicomédia.
Dióscoro não queria deixar sua filha única viver no meio da sociedade corrupta daquele tempo.
Por isso, decidiu fechá-la numa torre.
Lá, ela era ensinada por tutores da confiança de seu pai.
Porém, aquilo que parecia um castigo, começou a abrir a mente de Bárbara.
Do alto da torre ela contemplou a natureza: as estações do ano, a chuva, o sol, a neve, o frio, o calor, as aves, os animais, etc.
Tudo isso fez Bárbara questionar se aquilo era realmente criação dos “deuses”, como seus tutores e seu povo creditavam, ou se havia “alguém” muito mais inteligente e poderoso por trás da criação.

Quando atingiu a idade para o casamento, por volta de 17 anos, seu pai a trouxe para casa e permitia que ela recebesse a visita de pretendentes, mas não permitia que ela visitasse a cidade.
Bárbara era uma jovem muito bela e de família rica.
Por isso, muitos eram os pretendentes que queriam se casar com ela. 
Mas Bárbara não aceitava nenhum, enxergando neles a superficialidade e o interesse, e nenhum toque de amor verdadeiro.
Para seu pai, isso era um problema sério, pois, segundo os costumes, ele tinha obrigação de casar sua filha.
Dióscoro pensava que as “desfeitas” da filha diante dos pretendentes se davam por causa do tempo que ela passou na torre. Então, ele decidiu permitir que Bárbara conhecesse a cidade.

O contato com os cristãos

Santa Bárbara, então, começou a frequentar a cidade. Nessas visitas, acabou conhecendo os cristãos de Nicomédia.
Estes passaram para Bárbara a mensagem de Jesus Cristo. Falaram-lhe também sobre o mistério da Santíssima Trindade.
A novidade cristã tocou profundamente o coração de Bárbara. 
Com os cristãos ela encontrou a resposta para seus questionamentos: o Criador de tudo era o Deus Único e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo e não os deuses que seu povo cultuava.
Bárbara se converteu ao cristianismo de todo o coração.
Logo, um padre vindo de Alexandria ministrou a ela o batismo. 
E Bárbara passou a ser uma jovem fervorosa e cheia de virtudes cristãs.
Em Jesus Cristo ela encontrou o sentido mais profundo de sua vida.

Santa Bárbara e as perseguições

Dióscoro, pai de Santa Bárbara, decidiu construir para ela uma casa de banho na torre, onde ele planejou instalar duas belas janelas. Quando a obra começou, Dióscoro teve que fazer uma longa viagem. Durante a viagem do pai, Santa Bárbara ordenou que construíssem uma terceira janela na obra. 
Sua intenção era que a torre tivesse três janelas em homenagem à Santíssima Trindade. Além disso, Santa Bárbara esculpiu uma cruz na torre.
Quando Dióscoro voltou, reparou logo nas mudanças feitas na construção e foi perguntar à filha o por que daquilo.
Santa Bárbara explicou que as mudanças eram símbolos de sua nova fé: três janelas em homenagem ao Deus Uno e Trino, Criador de todas as coisas.
E a Cruz lembrava o sacrifício do Filho de Deus para salvar a humanidade. Dióscoro ficou furioso.

A sentença de morte de Santa Bárbara

Ao perceber que a filha estava irredutível em sua fé cristã, Dióscoro, num impulso de ira, denunciou a filha ao prefeito da cidade.
Este ordenou que Bárbara fosse torturada em praça pública, para tentar fazer com que a jovem renegasse a fé cristã. Porém, para surpresa de todos, Santa Bárbara não renegou sua fé, mesmo diante dos mais atrozes sofrimentos.
Durante a tortura, uma jovem cristã chamada Juliana denunciou os nomes dos carrascos, coisa que era expressamente proibida na época.
Por isso, Juliana foi presa e condena à morte por decapitação juntamente com Santa Bárbara.
As duas jovens cristãs foram levadas amarradas pelas ruas de Nicomédia, sob os gritos furiosos de muita gente.
Santa Bárbara teve os seios cortados.
Depois, foi conduzida para fora da cidade. Lá, seu próprio pai a degolou.

Bárbara e os Raios

Quando Dióscoro degolou a filha e a cabeça de Santa Bárbara rolou pelo chão, um raio riscou o céu e um enorme trovão foi ouvido pelo povo.
E, para o assombro de todos, o corpo de Dióscoro caiu no chão sem vida, atingido pelo raio.
Parece que a natureza se revoltou contra a atitude desse pai infanticida.
Depois deste fato, Santa Bárbara ganhou o status de "protetora contra relâmpagos e tempestades", além de ser nomeada Padroeira dos artilheiros, dos mineradores e das pessoas que trabalham com fogo.

Fonte: Terra Santa Cruz 


Oração de Santa Bárbara

Santa Bárbara, que sois mais forte que as torres das fortalezas e a violência dos furacões, fazei que os raios não me atinjam, os trovões não me assustem e o troar dos canhões não me abalem a coragem e a bravura.
Ficai sempre ao meu lado para que possa enfrentar de fronte erguidas e rosto sereno todas as tempestades e batalhas de minha vida, para que, vencedor de todas as lutas, com a consciência do dever cumprido, possa agradecer a vós, minha protetora, e render graças a Deus, criador do céu, da terra e da natureza: este Deus que tem poder de dominar o furor das tempestades e abrandar a crueldade das guerras.

Santa Bárbara, rogai por nós. Amém.


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8 de Dezembro - Dia de Nossa Senhora da Conceição (Iemanja - Candomble e Oxum - Umbanda)

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História de Nossa Senhora da Conceição 



Imaculada Conceição refere-se a um dogma através do qual a Igreja declarou que a concepção da Virgem Maria foi sem a mancha (mácula em latim) do pecado original. Desde o primeiro instante de sua existência, a Virgem Maria foi preservada do pecado pela graça de Deus. Ela sempre foi cheia da graça divina. O dogma declara também que a vida da Virgem Maria transcorreu completamente livre de pecado.
Desde os tempos da Igreja primitiva, os fiéis sempre acreditaram que Maria, a Mãe de Jesus, nasceu sem o pecado original. Tanto no Oriente como no Ocidente, há grande devoção à Maria enquanto mãe de Jesus e Virgem sem Pecados. No começo do cristianismo o dogma da Imaculada Conceição já era tida como uma verdade de fé para os fiéis.
Bíblia e tradição

O dogma que declara a Imaculada Conceição da Virgem Maria é fundamentado na Bíblia: Maria recebeu uma saudação celestial do Anjo Gabriel quando este veio anunciar que ela seria a Mãe do Salvador. Nessa ocasião, o Anjo Gabriel saudou como cheia de graça.
Foi o papa Pio IX, o papa que proclamou o dogma da Imaculada Conceição, recorreu principalmente à afirmação de Gênesis (3, 15), onde Deus diz: Eu Porei inimizade entre ti e a mulher, entre sua descendência e a dela, assim, segundo esta profecia, seria necessário uma mulher sem pecado, para dar à luz o Cristo, que reconciliaria o homem com Deus.
O verso Tu és toda formosa, meu amor, não há mancha em ti, no Cântico dos Cânticos (4,7) também é uma referência para defender a Imaculada Conceição. Outras passagens bíblicas referentes são: Também farão uma arca de madeira incorruptível (Êxodo 25, 10-11). Pode o puro (Jesus) vir de um ser impuro? Jamais! (Jó 14, 4). Assim, fiz uma arca de madeira incorruptível... (Deuteronômio 10, 3). Maria é considerada a Arca da Nova Aliança (Apocalipse 11, 19) e, portanto, a Nova Arca seria igualmente incorruptível ou imaculada.
Também existem os escritos dos Padres da Igreja, como Irineu de Lyon e Ambrósio de Milão. São Tomás de Aquino, por volta de 1252, declarou abertamente que a Virgem foi, pela graça, imunizada contra o pecado original, defendendo claramente o dogma do privilégio mariano, que seria declarado e definido séculos mais tarde.
Definição do dogma de Imaculada Conceição

O dia da festa da Imaculada Conceição foi definido em 1476 pelo Papa Sisto IV. A existência da festa era um forte indício da crença da Igreja na Imaculada Conceição, mesmo antes da definição do dogma no século XIX.
No dia 8 de dezembro de 1854, dia da festa, o Papa Pio IX, com a Bula intitulada Deus Inefável (Ineffabilis Deus), definiu oficialmente o dogma da Santa e Imaculada Concepção de Maria.
Assim está escrito na bula (documento papal) intitulada Ineffabilis Deus que o Papa Pio X proclamou: Em honra da Trindade (...) declaramos a doutrina que afirma que a Virgem Maria, desde a sua concepção, pela graça de Deus todo poderoso, pelos merecimentos de Jesus Cristo, Salvador do homem, foi preservada imune da mancha do pecado original. Essa verdade foi-nos revelada por Deus e, portanto, deve ser solidamente crida pelos fiéis.
Maria confirma o dogma

Santa Bernadete Soubirous (1844-1879), a jovem que viu Nossa Senhora em Lourdes, disse que Nossa Senhora se auto definiu dizendo assim: Eu sou a Imaculada Conceição. Isso aconteceu em 1858, apenas quatro anos após a definição do dogma.
Todos os estudiosos consideram quase impossível que uma adolescente como era Bernadete, vivendo num lugarejo insignificante como era Lourdes, soubesse da proclamação do dogma e muito menos o seu significado. Por isso, as aparições de Nossa Senhora em Lourdes são consideradas como uma confirmação celstial do dogma da Imaculada conceição. Esta é uma das três aparições de Nossa Senhora consideradas verdadeiras pela Igreja Católica.
Imaculada Conceição, Mãe sem manchas

Por isso, nós podemos recorrer a Maria com toda a confiança justamente porque ela é Imaculada, sem mancha, sem pecado, sem impurezas. Ela é cheia, plena, repleta da graça de Deus e, por isso, pode ouvir nossos pedidos e súplicas e apresentá-los ao Pai, diante de quem ela está no céu. Nossa mãe celestial é pura, santa, sem pecado e nos ama com um amor puro, santo e divino. Assim, com esta confiança, recorramos a ela sempre, pois ela intercede por nós.



Fonte: Terra Santa Cruz

Oração a Nossa Senhora da Conceição

Virgem Santíssima, 
que fostes concebida sem o pecado original 
e por isto merecestes o título 
de Nossa Senhora da Imaculada Conceição 
e por terdes evitado todos os outros pecados, 
o Anjo Gabriel vos saudou com as belas palavras: 
"Ave Maria, cheia de graça"; 
nós vos pedimos que nos alcanceis 
do vosso divino Filho o auxílio necessário 
para vencermos as tentações 
e evitarmos os pecados e, 
já que vós chamamos de Mãe, 
atendei-nos com carinho maternal 
e ajudai-nos a viver como dignos filhos vossos. 
Nossa Senhora da Conceição, rogai por nós.
Amém !


Dentro do sincretismo religioso da Umbanda e do Candomblé , homenageia-se Mãe Yemanjá ou Mãe Oxum . 

Essa variação depende da Nação e região. 

Entreguemos à elas , Rainhas das Águas , nossos problemas , anseios e desejos, para termos o merecimento de sermos atendidos. 

Salve Mãe Yemanjá * Odociaba ! 

Salve Mãe Oxum * Ora Iê Iê Ô !



OXUM - Na Umbanda (8 de dezembro)

Mãe da água doce, Rainha das cachoeiras, deusa da candura e da meiguice, dona do ouro. Oxum é a Rainha de Ijexá. Orixá da prosperidade, da riqueza, ligada ao desenvolvimento da criança ainda no ventre da mãe.
Oxum exerce uma ampla influência no comportamento dos seres humanos, regendo principalmente o lado teimoso e manhoso, além daquele espírito maquiavélico que existe em todos nos.
Dizem que " a vingança é um prato que deve ser servido frio" e a articulação da vingança e seus pormenores tem a influência desta força da Natureza. No bom sentido, Oxum é o "veneno" das palavras, é o comportamento piegas das pessoas, é a forma "metida", esnobe, apresentada, principalmente pelo sexo feminino. Oxum é o cochicho, o segredinho, a fofoca. Geralmente está presente quando um grupo de mulheres se reúne. É o seu habitat, pois está encantada nas conversas, nos risinhos, nos comentários, nas intriguinhas.
Oxum rege o charme, o it, a pose. Tudo que está ligado à sensualidade, à sutileza, ao dengo, tem a regência de Oxum. Esta força é que desenvolve tais sentimentos e comportamentos nos indivíduos, sendo o sexo feminino o mais influenciado.
Oxum também é o flerte, o namoro, a paquera, o carinho. É o amor, puro, real, maduro, solidificado, sensível. Oxum não chega a ser a paixão. Esta é Iansã . Oxum é o amor, aquele verdadeiro. Ela propicia e alimenta este sentimento nos homens, fazendo-os ser mais calmos e românticos.
Realmente, Oxum é a Deusa do Amor. Sua força está presente no dia-a-dia, pois que não ama de verdade? Embora o mundo de hoje esteja tumultuado demais, ainda existe espaço no coração do homens para o amor. Ele ainda existe, e Oxum é quem gera este sentimentos mágico. Aliais, Oxum está muito intimamente ligada à magia. É sabido pelo povo do candomblé que o filhos de Oxum são muito chegados ao feitiço. E isso tem explicação: Oxum é a divindade africana mais ligada às Yámi Oxorongá, feiticeiras, bruxas. Com elas aprendeu a arte da magia. Por isso, os filhos de Oxum são tão poderosos nesta arte.
Mas a magia está presente em quase tudo que fazemos, principalmente no que se refere ao coração, ao sentimento. Oxum é o encanto desses momentos, sua presença se dá nessas horas.
Oxum é os sentimentos doces, equilibrados, maduros, sinceros, honestos. É o sentimento definitivo, aquele que dura a toda a vida. Oxum é a paz no coração, é o saber que "amo e sou amado".
Mas ele se encanta também na manha, no denguinho feminino, na vontade de ter algo, apenas por ter. Ela é o mimo, a menininha mal acostumada. É a sensualidade do "biquinho" feminino, quando quer uma coisa. É o charme!
Oxum também é a água doce, o olho d’água, onde encanta seu filho Logun-Éde. É a cachoeira, o rio, que também tem a regência de seu filho. É a queda da água da cascata.
Regente do ouro, ela está presente e se encanta em joalherias e outros lugares onde se trabalha com ouro, seu metal predileto e de regência absoluta. É a protetora dos ourives. Oxum é o próprio outro, e está presente em todas as peças e jóias feitas com este metal.
Entretanto, a regência mais fascinante de Oxum é a fecundação, melhor, o processo de fecundação. Na multiplicação da célula mater – que vai gerar a criança, a nova vida no ventre – Exu entrega a regência para Oxum, que vai cuidar do embrião, do feto, até o nascimento. É Oxum que vai evitar o aborto, manter a criança viva e sadia na barriga da mãe. É Oxum que vai reger o crescimento desta nova vida que estará, neste período de gestação, numa bolsa de água – como ela, Oxum, rainha das águas. É sem duvida alguma, uma das regências mais fascinantes, pois é o inicio, a formação da vida. E Oxum "tomará conta" até o nascimento, quando, então, entregará para Yiá Ori (Iemanjá), que dará destino àquela criança.
Como disse antes, Oxum é uma força da Natureza muito presente em nossas vidas, já que todos nós fomos gerados no útero materno; todos nós convivemos, ainda na barriga da mãe, com Oxum e, num breve sentimento de carinho e amor, estaremos desenvolvendo esta força dentro de nós. Oxum é o amor e a capacidade de sentir amor. E se amamos algo ou alguém é porque ela está viva dentro de nós.
Mitologia
Filha de Oxalá, Oxum sempre foi uma moça muito curiosa, bisbilhoteira, interessada em aprender de tudo. Como sempre fora mimosa e manhosa, além de muito mimada, conseguia tudo do pai, o deus da brancura. Sempre que Oxalá queria saber de algo, consultava Ifá. O Senhor da adivinhação, para que ele visse o destino a ser seguido. Ifá, por sua vez, sempre dizia à Oxalá:
- Pergunte a Exu, pois ele tem o poder de ver os búzios!
E este acontecimento se repetia a cada vez que Oxalá precisava saber de algo. Isto intrigou Oxum, que pediu ao pai para aprender a ver o destino. E Oxalá disse à filha:
- Oxum, tal poder pertence a Ifá, que proporcionou a Exu o conhecimento de ler e interpretar os búzios. Isto não pode lhe dar!
Curiosa Oxum procurou, então, uma saída. Sabia que o segredo dos búzios estava com Exu e procurou-o para lhe ensinasse.
- Ensina-me, Exu! Eu também quero saber como se vê o destino.
Ao que Exu respondeu:
Não, não! O segredo é meu, e me foi dado por Ifá. Isso eu não ensino!
Exu estava intransigente. Oxum sabia disso e sabia que não conseguiria não conseguiria nada com ele. Partiu, então, para a floresta, onde viviam as feiticeiras Yámi Oxorongá. Cuidadosa, foi se aproximando pouco a pouco do âmago da floresta. Afinal, sua curiosidade e a decisão de desbancar Exu eram mais fortes que o medo que sentia.
Em dado momento deparou-se com as Yámi, empoleiradas nas árvores. Entre risos e gritos alucinantes, perguntaram À jovem Oxum:
- O que você quer aqui mocinha?
- Gostaria de aprender a magia! Disse Oxum, em tom amedrontado.
- E por que quer aprender a magia?
- Quero enganar Exu e descobrir o segredo dos búzios!
As Yámi, há muito querendo "pegar Exu pelo pé", resolveram investir na jovem Oxum, ensinando-lhe todo o tipo de magia, mas advertiram que, sempre que Oxum usasse o feitiço, teria que fazer-lhes uma oferenda. Oxum concordou e partiu.
Em seu reino, Oxalá já se preocupava com a demora da filha que, ao chegar, foi diretamente ao encontro de Exu. Ao encontrar-se com este, Oxum insistiu:
- Ensina-me a ver os búzios, Exu?
- Não e não! Foi sua resposta.
Oxum, então, com a mão cheia de um pó brilhante, mandou que Exu olhasse e adivinhasse o que tinha escondido entre os dedos. Exu chegou perto e fixou o olhar. Oxum, num movimento rápido, abriu a mão e soprou o pó no rosto de Exu, deixando-o temporariamente cego.
- Ai! Ai! Não enxergo nada, onde estão meus búzios? Gritava Exu.
Oxum, fingindo preocupação e interesse em ajudar, perguntou a Exu:
- Eu os procuro, quantos búzios, formam o jogo?
- Ai! Ai! São 16 búzios. Procure-os para mim, procure-os!
- Tem certeza de que são 16, Exu? E por que seriam 16?
- Ora, ora, porque 16 são os Odus e cada um deles fala 16 vezes, num total de 256.
- Ah! Sei. Olha, Exu, achei um, ele é grande!
- É Okanran! Ai! Ai! Não enxergo nada!
- Olha, achei outro, é menorzinho.
- É Eji-okô, me dê, me dê!
- Ih! Exu,. Achei um compridinho!
- E Etá-Ogundá, passa para cá....
E assim foi , até chegar ao ultimo Odu, Inteligente, oxum guardou o segredo do jogo e voltou ao seu reino. Atrás de si, deixou Exu com os olhos ardidos e desconfiados de que fora enganado.
- Hum! Acho que essa garota me passou para trás!
No reino de Oxalá, Oxum disse ao seu pai que procurara as Yámi, que com elas aprendera a arte da magia e que tomara de Exu o segredo do Jogo de Búzios. Ifá, o Senhor da adivinhação, admirado pela coragem e inteligência de Oxum, resolveu dar-lhe, então, o poder do jogo e advertiu que ela iria regê-lo juntamente com Exu.
Oxalá quis saber ao certo o porquê de tudo aquilo e pediu explicações à filha. Meiga, Oxum respondeu ao pai:
- Fiz tudo isso por amor ao Senhor, meu pai. Apenas por amor!
"Ora Yê Yê, amor.... Ora Yê Yê, Oxum...

Oração para Oxum 

Salve Oxum, dourada senhora da pele de ouro, bendita são tuas águas que lavam meu ser e me livram do mal.
Oxum, Divina Rainha, bela Yabá , venha a mim, caminhando na Lua Cheia, trazendo em suas mãos os lírios do amor de paz.
Torna-me doce, suave e sedutor como tu és.
Que eu seja como suas águas doces que seguem desbravadoras no curso dos rios, entrecortando pedras e se precipitando as cachoeiras, sem parar nem ter como voltar atrás, apenas seguindo meu caminho. Purifique minha alma e meu corpo com suas lágrimas de alento. Inunda-me com sua beleza, sua bondade e seu amor, enchendo minha vida de prosperidade. 
Salve Oxum ! 
Sua benção e proteção ! 
Assim seja e assim será !


Yemanjá - No Candomblé (8 de dezembro)


Iemanjá, Iyemanjá, Yemanjá, Yemaya, Iemoja, ou Yemoja
Dandalunga (angolas), Kaiala (congos), Janaína, Inaê, Sobá, Oloxum,  Princesa de Aiucá, Sereia Mukunã, Senhora da Calunga Grande, Rainha do Mar ou Senhora da Coroa Estrelada
  
Estes são alguns dos nomes que designam Yemanjá, a Divindade que na Umbanda é a Grande Mãe, a Mãe da Geração.
Yemanjá é a Divindade que está assentado no pólo universal positivo ou irradiante do Trono da Geração e da Vida e que rege a Sétima Linha de Umbanda (Linha da Geração), onde polariza com o Orixá Omolu (Trono Masculino da Geração), cujo magnetismo é negativo ou absorvedor.
Yemanjá, a Mãe da Vida, é a água que vivifica; e Pai Omulu é a terra que amolda os viventes.
O campo preferencial de atuação de Yemanjá é no amparo à maternidade, porque Ela é Senhora do Mistério Maternal. Simboliza a maternidade, o amparo materno, a mãe propriamente, “a Mãe da Vida”.
Mãe Yemanjá representa a Manifestação das Qualidades Geradora e Criativa do Divino Criador. É o Orixá Universal que irradia continuamente as Qualidades geradoras da vida e da criatividade, abençoando todos os seres de forma natural, sem forçar ninguém. E sempre ampara aqueles que pedem e buscam essas bênçãos. 
Ela irradia o tempo todo seu Fator Gerador e Criacionista, que estimula a geração e a criatividade das pessoas, trazendo oportunidades de crescimento nos Sete Sentidos da Vida, pois irá estimular a geração de vidas, de idéias, de fé, de amor, de conhecimento etc.
Nos mitos da Criação do Universo, Ela é a representação do Princípio Feminino, é “o aspecto Mãe” do Criador. É conhecida como "a Mãe de todos os Orixás" porque está na origem de todas as coisas.
O principal elemento de Yemanjá é a água, o elemento das emoções. O mar é regido por Ela; e a Ciência estuda que a origem da vida está nas águas.
O mar representa todas as águas, já que todas as águas correm para o mar. E o mar “lava” os nossos problemas e mágoas e renova a nossa vontade de viver, justamente porque a sua energia é uma Emanação da Mãe da Vida. Assim, podemos pedir a Yemanjá que nos ajude a lidar com as nossas emoções e a equilibrá-las.
A Regência de Yemanjá vai muito além da geração através do sexo, pois representa a Geração da Vida no sentido mais amplo: a geração dos seres, das criaturas e das espécies; e a doação da criatividade que permite aos seres encontrarem seus "pares", unindo-se a eles para se multiplicarem e conseguirem melhores resultados nas suas vidas. Esses "pares" são as Energias emanadas por este Orixá, que podemos atrair para nos ajudar a desenvolver nossos potenciais; e também podem surgir como pessoas, companheiros, parceiros de caminhada, grupos de estudos e atividades etc. Tudo isso está contido no Mistério Maternal de Yemanjá, que nos dá equilíbrio emocional e energético, gerando novos caminhos e oportunidades em nossas vidas.
Desse modo, podemos pedir à Mãe Yemanjá a bênção da criatividade sempre que formos iniciar algum projeto novo e quando precisarmos encontrar novas fórmulas de viver e novos caminhos (de trabalho, de fazer as coisas, de encarar os desafios da vida).
Associada ao movimento das águas e à fertilidade, Yemanjá é dona de grande poder de sedução e capaz de encantar os marinheiros e arrastá-los para o seu palácio submerso, de onde nunca mais retornam... Podemos entender isso como a necessidade que o ser humano tem de manter o equilíbrio emocional, para não cair num mergulho em emoções desequilibradas, sempre de difícil retorno...
Suas águas salgadas simbolizam as lágrimas de uma mãe que sofre pela vida de seus filhos, que os vê se afastarem de seu abrigo, tomando rumos independentes.
Além de protetora da vida marinha, Yemanjá é principalmente a protetora da harmonia familiar, do lar, do casamento e do nascimento, é a Sua força que ampara o momento do nascimento de um bebê.
A Regência de Yemanjá em nossas vidas se manifesta na necessidade de sabermos se aqueles que amamos estão bem e protegidos; é a preocupação, é o amor ao próximo, principalmente em relação àqueles que nos são queridos.
É Ela quem nos dá um sentido de união, de grupo, transformando a convivência num ato familiar, criando dependências e raízes, proporcionando sentimentos de irmão para irmão, de pai para filho, com ou sem laços consanguíneos. É uma energia Sagrada que nos integra no Todo da Criação de forma amorosa e maternal.
Nos templos africanos, é retratada como uma mulher de seios fartos e semblante calmo, porém decidido. O simbolismo dos “seios fartos” é o da Grande Mãe que provê o alimento necessário a todos os filhos. E aqui a palavra “alimento” corresponde às Energias Divinas que Ela não cessa de Irradiar sobre todos os seres, espécies e elementos, mantendo e renovando a imensa Teia da Vida.

História
Yemanjá na África - Yemanjá ou Yemoja é o Orixá dos Egbá, uma Nação Iorubá outrora estabelecida na região entre Ifé e Ibadan, onde existe ainda o rio Yemoja. Yemanjá era cultuada às margens desse rio.
Seu nome, assim como o de todos os Orixás, vem da cultura Nagô, de língua Iorubá, e deriva de “Yèyé Omo Ejá”, que significa a Mãe cujos filhos são peixes ou a Mãe de muitos filhos (Yèyé ou Yê= mãe; Omo= filhos; Ejá= peixes).
As guerras entre Nações Iorubás levaram os Egbá a emigrarem na direção oeste, para Abeokutá, no início do século XIX. Obviamente que não poderiam levar consigo o rio Yemoja, então os Egbá transportaram os objetos sagrados de suporte do axé da Divindade, passando a cultuá-la no rio Ògùn, que atravessa a região. Pierre Verger afirma que este rio Ògùn não deve ser confundido com Ogum, o deus do ferro e dos ferreiros, baseando esta afirmação nos ensinamentos mais antigos e tradicionais sobre a Divindade Ogum, e inclusive contrariando escritos de alguns autores do final do século passado.
O principal templo de Yemanjá está em Ibará, um bairro de Abeokutá. Seus fiéis, todos os anos, vão buscar a água sagrada numa fonte do rio Lakaxa, que é um afluente do rio Ògùn, para lavar os axés da Divindade. Essa água é recolhida em jarras, transportada numa procissão seguida por pessoas que carregam esculturas de madeira (ère) e um conjunto de tambores. Na volta, o cortejo vai saudar as pessoas importantes do bairro,
começando por Olúbàrà, o rei de Ibará.
Entre os Egbá, Yemanjá ou Yemojá é saudada como “Odò ìyá” (Odo=rio; ìyá= mãe). Ela 
é filha de Olokun, Divindade riquíssima, dona do oceano e de todas as suas riquezas. Em Ifé, Olokun é uma Divindade feminina, uma deusa do mar; e em Benin e Lagos, é cultuada como Divindade masculina, é um deus do mar.  
Numa história de Ifá, Yemanjá aparece casada pela primeira vez com Orumilá, Senhor das Adivinhações; e depois com Olofin, Rei de Ifé.
Segundo as lendas, desse casamento com Olofin, Yemanjá teve dez filhos, entre eles Oxumarê ("O arco-íris que se desloca com a chuva e guarda o fogo nos seus punhos") e Xangô ("O trovão que se desloca com a chuva e revela seus segredos").
Yemanjá também foi casada com Oxalá; união que representa a fusão do céu com o mar, no horizonte.
Considerada a Mãe de todos os Orixás e da humanidade, Yemanjá simboliza a manifestação da procriação, da restauração das emoções e a fecundidade. É a grande provedora, que proporciona o sustento a todos os seus filhos.  (Do livro "Orixás” - Pierre Fatumbi Verger - Editora Corrupio.)

Yemanjá no Novo Mundo - Yemanjá é uma Divindade muito popular no Brasil e em Cuba.
Usa roupas cobertas de pérolas e tem filhos no mundo inteiro. Está em todo lugar aonde chega o mar.
Seu axé é assentado sobre pedras marinhas e conchas, guardadas numa porcelana azul.
Nas religiões de matriz africana, o sábado é o dia da semana que lhe é usualmente consagrado, juntamente com outras Divindades femininas.
Suas comidas rituais ou votivas consistem de carneiro e pato, além de preparados à base de milho branco, azeite, sal e cebola.
Seus adeptos usam colares de contas de vidro transparentes e vestem-se, de preferência, de azul-claro.
Em Cuba, Yemanjá é reverenciada como Yemajá ou Yemayá e também relacionada às cores azul e branca. É uma Rainha do Mar Negra, que assume o nome cristão de “La Virgen de la Regla” e faz parte da Santeria, como Santa Padroeira dos portos de Havana.

Yemanjá no Brasil- Entre as Mães Orixás, Yemanjá é a mais popular, sendo festejada em todo o Brasil como a Rainha do Mar, a Padroeira dos náufragos, a Grande Mãe, a Mãe de todas as cabeças humanas. Na versão de Pierre Verger, Ela representa a mãe que protege os filhos a qualquer custo, a mãe de vários filhos (peixes), que adora cuidar de crianças e de animais domésticos.
Além dos muitos nomes africanos pelos quais é conhecida, a forma portuguesa Janaína também é utilizada; e foi criada como a maneira mais branda de "sincretismo" encontrada pelos africanos aqui escravizados para a perpetuação dos seus Cultos. Várias composições de autoria popular foram realizadas de forma a saudar a "Janaína do Mar", e algumas como canções litúrgicas.
Diz JORGE AMADO: “Iemanjá, rainha do mar, é também conhecida por dona Janaína, Inaê, Princesa de Aiocá e Maria, no paralelismo com a religião católica. Aiocá é o reino das terras misteriosas da felicidade e da liberdade, imagem das terras natais da África, saudades dos dias livres na floresta”.                                                                  
Na Bahia, seus adeptos usam colares de contas de vidro transparentes e vestem-se, de preferência, de azul-claro.
Seu axé é representado por pedras marinhas e conchas consagradas ritualmente, guardadas numa sopeira de porcelana azul.
No Candomblé, durante o Xirê dos Orixás (dança dos Orixás), suas Iaôs trazem um leque de metal branco nas mãos e tocam alternadamente a testa e a nuca, com as mãos, numa saudação à Regência de Yemanjá na vida dessas filhas. Alguns entendem que por esse gesto, de tocar a testa e a nuca, Yemanjá procura chamar a atenção para a beleza do seu penteado de rainha.
As saudações mais usadas para Yemanjá são: Odoiyá (ou Odoyá); Odô Miô (ou Omio; ou Omiodo); Odociaba (ou Odociyabá; ou Odofiaba; ou Odô-fe-iaba)- significando “Mãe do rio” ou “Mãe das águas”. São verdadeiros mantras de Yemanjá que, ao serem pronunciados com amor e reverência, atraem as Irradiações da Mãe Divina.
Yemanjá é o único Orixá que tem uma imagem genuinamente umbandista, na qual é retratada com um vestido azul, longos cabelos negros e pérolas caindo das mãos. Algumas vezes, tem vestes branco-peroladas, cor que lembra muito a fusão dos elementos Água e Cristal, sobre os quais Yemanjá atua. De acordo com Pai Ronaldo Linares, a referida imagem foi visualizada acima do mar, na década de 1950, pela senhora Dala Paes Leme. Um artista pintou um quadro da imagem descrita, e a partir dele começaram a ser feitas essas imagens de Yemanjá, adotadas em boa parte dos Terreiros de Umbanda.

As Festas para Yemanjá
  
 Se na África Yemanjá é relacionada a um rio, no Brasil Ela é associada às águas salgadas do mar; já que as águas doces dos rios são o domínio de Oxum. Por isso, as praias são o palco sagrado de grandes festas de homenagem a Yemanjá.
No Brasil, Yemanjá goza de grande popularidade entre os seguidores da Umbanda, do Candomblé, do Batuque, do Xambá, do Xangô do Nordeste, do Omolokô e mesmo entre fiéis de outras religiões, pois o arquétipo da Grande Mãe está presente no inconsciente dos povos. Muitas festas a homenageiam. Flores, perfumes, jóias e bijuterias são algumas das oferendas que recebe nessas ocasiões.
No Rio de Janeiro e em Natal, Yemanjá é homenageada na passagem do ano.
Na Bahia e no Rio Grande do Sul, as maiores festas acontecem no dia 02 de fevereiro. A grande festa baiana ocorre na Praia do Rio Vermelho, em Salvador. Já no Rio Grande do Sul os maiores festejos são em Porto Alegre e Pelotas.
Em São Paulo e em João Pessoa, na Paraíba, Yemanjá é celebrada no dia 08 de dezembro.  Na mesma data, a Bahia realiza duas outras festas para a Mãe das Águas.
Em São Paulo, as maiores comemorações ocorrem no município de Praia Grande, Litoral Sul, com milhares de fiéis. A tradição teve início em 1969, quando uma grande imagem de Yemanjá foi colocada perto da Vila Mirim, por iniciativa de Pai Demétrio Domingues e de outros líderes Umbandistas da época. Vale lembrar que o dia 08 de dezembro é consagrado a Nossa Senhora da Conceição, dentro da liturgia Católica, e que esta Santa sincretiza com o Orixá Oxum. Pai Ronaldo Linares conta que na década de 60, neste dia 08, se fazia uma Festa para Oxum, onde havia “um encontro de Oxum com Yemanjá”, na Praia das Vacas, no município paulista de São Vicente. Depois, esse “encontro” deixou de ocorrer e a data ficou reservada para festejar apenas Yemanjá.
Em João Pessoa, 08 de dezembro é o feriado municipal consagrado  a Nossa Senhora da Conceição e também  o dia de tradicional Festa de Yemanjá. Todos os anos, na Praia de Tambaú, instala-se um palco circular cercado de bandeiras e fitas azuis e brancas, ao redor do qual se aglomeram fiéis oriundos de várias partes do Estado para assistir ao desfile dos Orixás e, principalmente, da homenageada. Pela praia, encontram-se buracos com velas acesas, flores e presentes. Em 2008, segundo os organizadores da festa, 100 mil pessoas compareceram ao local.
Ainda em 08 de dezembro a Bahia realiza outras duas festas para Yemanjá. Uma delas acontece pelo sincretismo com a Padroeira da Bahia, Nossa Senhora da Conceição da Praia, sendo feriado municipal em Salvador. A outra é realizada no Monte Serrat, na Pedra Furada, em Salvador, denominada “Presente de Yemanjá”, uma manifestação popular que tem origem na devoção dos pescadores locais à Rainha do Mar, também saudada como Janaína.
Existe um sincretismo entre a Santa Católica Nossa Senhora dos Navegantes e o Orixá Yemanjá. Em algumas regiões do Brasil, ambas são festejadas no dia 02 de fevereiro, com uma grande procissão fluvial.
Uma das maiores festas do Dois de Fevereiro ocorre em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. No mesmo Estado, em Pelotas, a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes vai até o Porto de Pelotas. Antes do encerramento da festividade Católica, acontece um dos momentos mais marcantes da celebração: as embarcações param e são recepcionadas por Umbandistas que carregam a imagem de Yemanjá, proporcionando um encontro ecumênico assistido da orla por muitas pessoas. Em Pelotas, a Festa de Yemanjá acontece à noite, sob a coordenação da Federação Sul Riograndense de Umbanda e com o apoio da Prefeitura; e durante o dia a Festa Católica a Nossa Senhora dos Navegantes é organizada pela Diocese local.
No Rio de Janeiro, Yemanjá é festejada na passagem de ano. Milhares de pessoas comparecem e depositam no mar oferendas para a Divindade. A celebração inclui o tradicional "banho de pipocas" e as sete ondas que os fiéis e até mesmo seguidores de outras religiões pulam, como forma de pedir sorte à Grande Mãe Orixá (sete ondas, simbolizando os sete Sentidos da Vida).

A Grande Festa da Praia do Rio Vermelho- Na Bahia, Yemanjá é geralmente sincretizada com Nossa Senhora da Imaculada Conceição, Santa Católica que se comemora no dia 08 de dezembro. No entanto, a maior festa baiana para Yemanjá é celebrada em 02 de fevereiro.
Em Salvador, segundo a liturgia Católica, 02 de fevereiro é o dia consagrado a Nossa Senhora das Candeias, Santa que é sincretizada com Oxum, o Orixá das águas doces. Curiosamente, é justamente nesta data que se organiza a maior festa do país em homenagem à "Rainha do Mar”; oque mostra que o sincretismo entre os Orixás e os Santos Católicos não é de uma rigidez absoluta. Por isso, considera-se que a Festa de Yemanjá, em dois de fevereiro, é a única grande festa religiosa baiana que não tem origem no Catolicismo, e sim no Candomblé.
A grande Festa do Dois de Fevereiro  acontece na Praia do Rio Vermelho, em Salvador. A celebração Católica acontece na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, em Salvador, na Cidade Baixa; enquanto os Terreiros de Candomblé e Umbanda fazem divisões cercadas com cordas, fitas e flores nas praias, delimitando espaço para as Casas de Santo que realizarão seus trabalhos na areia, em louvor a Yemanjá.
A Festa atrai imensa multidão de fiéis e de admiradores da Mãe das Águas, Dona Janaína, a Princesa ou a Rainha do Mar. Milhares de pessoas trajadas de branco saem em procissão até ao templo-mor, localizado próximo à foz do Rio Vermelho, onde depositam variadas oferendas.
Bem cedo pela manhã, longas filas de pessoas se formam diante da pequena casa construída na véspera, a fim de abrigar as grandes cestas destinadas a receber os donativos e as oferendas para Yemanjá.
Durante todo o dia, forma-se um lento desfile de pessoas de todas as origens e meios sociais, trazendo ramos de flores frescas ou artificiais, pratos de comida feitos com carinho, frascos de perfumes, sabonetes embrulhados em papel transparente, bonecas, cortes de tecidos e outros presentes agradáveis “a uma mulher bonita e vaidosa”. Cartas e súplicas, presentes em dinheiro, colares e pulseiras não faltam. A aparente simplicidade desses fiéis não desnatura o caráter emocionante da festa, onde se pode sentir intensa Vibração da Mãe Divina sobre os Seus filhos que, como crianças, vão levar-lhe “presentes” cujo maior valor está no amor e na devoção que Lhe consagram. E, afinal, o que somos nós, além de crianças, diante de Deus e das Suas Divindades? ...
Em algumas horas as cestas de oferendas já estão cheias e são substituídas por outras. Ao final da tarde, os ramos de flores são colocados em cima das cestas, transformando-as, assim, numas 30 braçadas de flores, imensas. O entusiasmo da multidão chega ao máximo, com gritos alegres, saudações a Yemanjá e votos de prosperidade.
Uma parte da assistência embarca a bordo de veleiros, barcos e lanchas a motor, que se dirigem para o alto mar, onde as cestas são depositadas sobre as ondas. Segundo a tradição, as oferendas “aceitas” devem mergulhar até ao fundo. Se forem devolvidas à praia, é sinal de “recusa”, para tristeza dos fiéis.
Em dois de fevereiro de 2010, pela primeira vez, a escultura de uma sereia negra, criada pelo artista plástico Washington Santana, foi escolhida para representar Yemanjá na grande Festa do Rio Vermelho, em homenagem à Àfrica e à religião afrodescendente.

Curiosidades sobre a Festa do Rio Vermelho
1-Fonte: http://www.culturatododia.salvador.ba.gov.br- A tradição da Festa da Praia
do Rio Vermelho teve início em 1923, quando um grupo de vinte e cinco pescadores resolveu oferecer presentes para a Mãe das Águas. Na época, os peixes estavam escassos no mar.
No início, a celebração era feita em conjunto com a Igreja Católica, numa demonstração do sincretismo religioso da Bahia. Na década de 1960, um Padre teria ofendido os pescadores, chamando-os de ignorantes, por cultuarem “uma sereia”. O fato provocou um rompimento com a Igreja, e a partir daí os pescadores passaram a realizar a festa apenas em homenagem a Yemanjá.
Presente principal: Todos os anos os pescadores pedem a Yemanjá que lhes dê fartura de peixes e um mar tranquilo, e preparam um presente principal para a Ela oferecer.
Segundo a lenda, o cavalo marinho é o guardião da casa de Yemanjá, e o seu mensageiro mais rápido. É comum que imagens deste animal sejam oferecidas pelos devotos. Em 2007, o presente principal dos pescadores foi uma imagem de um cavalo marinho adornado.
Sobre o presente principal vão as oferendas preparadas pela Ialorixá responsável pelo comando da festa. Esse preparo demora sete dias e é cercado de rituais e fundamentos sagrados e as oferendas incluem: flores, perfumes, espelhos, fitas, anéis, colares, brincos, pentes, jóias, bijuterias, relógios, maquiagens, bonecas, velas, bebidas e comidas (manjar; fava cozida com camarão, cebola e azeite doce; champanhe, dentre outros).
Acredita-se que alguns presentes não afundam porque não agradaram Yemanjá, que os devolve. Em geral, presentes feitos com materiais leves ou ocos costumam não afundar. Nem mesmo o presente principal, feito pelos pescadores, está livre deste infortúnio. Algumas vezes foi preciso amarrá-lo a algo pesado, para que pudesse afundar. Atualmente, os ambientalistas alertam que muitos animais marinhos morrem ao ingerir os presentes jogados no mar que não se decompõem. E os pescadores que organizam o
Dois de Fevereiro estão começando a se preocupar mais com o aspecto ecológico que envolve a festa.
Nas ruas desfilam grupos de samba de roda e ijexá, capoeira, blocos afros, grupos fantasiados e fanfarras, entre outros. Alguns desfilam exclusivamente na Festa do Rio Vermelho, numa prova da devoção do povo baiano.
A escultura de Yemanjá, localizada em frente à Casa do Peso, foi confeccionada por Manoel Bonfim, em 1970. Trata-se de uma escultura de uma sereia feita de gesso, assentada sobre um pedestal de concreto revestido com apliques variados, conchas e pedras portuguesas.

2-Fonte: http://www.faced.ufba.br/~dept02/calendario/yemanja.html- Site da Universidade Federal da Bahia.Texto: “Festa de Yemanjá”, de Antonietta de Aguiar Nunes, Historiógrafa do Arquivo Público da Bahia e Professora Assistente de História da Educação na Universidade Federal do mesmo Estado. Segue um resumo da matéria.
Dois de fevereiro é- oficiosamente- feriado na Bahia, data da mais importante festa dedicada a Yemanjá. Antigamente, a festa acontecia no terceiro domingo de dezembro, em Itapagipe, em frente ao antigo Forte de São Bartolomeu. Os senhores davam aos seus escravos uma folga de quinze dias para festejarem a sua rainha. Compareciam para mais de 2.000 africanos.
Tio Ataré, residente na Rua do Bispo, em Itapagipe, era o Pai de Santo que comandava os festejos. Os presentes eram colocados numa grande talha ou pote de barro que depois era atirada ao mar. A festa durava quinze dias, durante os quais não faltavam batuques e comidas típicas baianas. Hoje, ela dura só o dia 02, apenas se prolongando pelo fim de semana seguinte quando próximo.
Diz uma lenda que no Rio Vermelho havia uma rendosa armação de pesca de xaréu, peixe muito abundante ali. Certa vez, junto com os peixes, veio na rede uma sereia. O proprietário do aparelho, “querendo viver em paz com a gente debaixo d’água”, mandou soltá-la imediatamente. Anos depois, outro era o dono da armação; e novamente caiu uma sereia na rede, que foi pega e carregada por dois pescadores para assistir missa na igreja do povoado. Ela ficou chorosa e envergonhada, o tempo todo; terminada a cerimônia, soltaram-na à beira-mar. Desde então, nunca mais se pegou sequer um xaréu  nas águas do porto de Santana do Rio Vermelho. 
O PINTOR LICÍDIO LOPES, morador antigo do Rio Vermelho, conta em suas memórias que entre a praia do Canzuá e a da Paciência, por cima das pedras, havia uma gruta muito grande que os antigos diziam ser a casa da Sereia ou Mãe d’ Água; porém ela não morava mais ali e a gruta estava abandonada. Os presentes para a Mãe d’ Água eram colocados na gruta e nesta pedra. Na década de 20 do século XX, uma pedreira destruiu a gruta; mas permaneceu a pedra da Sereia. Agora que não existe mais a gruta, os presentes são colocados em todas as praias, de preferência na maré enchendo ou cheia.
Ele conta ainda que a idéia do grande presente para Yemanjá não veio do Candomblé, mas de um pescador, querendo reviver a festa do Rio Vermelho, já que a de Santana estava ficando menos concorrida. Pescadores e peixeiros decidiram dar um presente à Mãe D’Água, no dia 02 de fevereiro, e se reuniram para organizar a festa, que começava pela manhã com uma missa na igreja de Santana; e à tarde colocavam o presente para a Rainha do Mar. Um padre não gostou que se misturasse missa com presente para uma sereia, e eles resolveram não celebrar mais missa e apenas colocar o presente para Yemanjá, à tarde.
Ocorreram algumas dificuldades e imprevistos e alguém lembrou que essa obrigação era feita na África, onde Yemanjá é Mãe de todos os Orixás. Como no Rio Vermelho não existisse algum Terreiro, na ocasião, foram procurar em outros bairros uma Casa que se encarregasse das obrigações. A Mãe de Santo Júlia Bugan, que tinha Casa de Candomblé na Língua de Vaca, perto do Gantois, foi quem orientou o que se devia comprar, fez os trabalhos e preceitos, colocou na talha que pedira e dentro do balaio, enfeitou-o com muitas fitas e flores e mandou-o para a casinha de pescadores no dia 2 de manhã. A partir de então, continuaram fazendo sempre este preceito, para tudo correr bem. De 1988 a 1990, o preceito foi realizado por Waldelice Maria dos Santos, do Engenho Velho da Federação. A partir de 1967 o Departamento de Turismo passou a ajudar. Em 1969 foi feito o pedestal junto à casa dos pescadores e colocada a estátua de uma sereia feita por Manuel Bonfim.
Às quatro da tarde saem os barcos com os balaios cheios de oferendas a serem lançadas em alto mar. Quando as embarcações voltam para a terra, os acompanhantes não olham para trás, pois se acredita que faz mal.
JORGE AMADO conta que se Yemanjá aceitar a oferta dos filhos marinheiros, o ano será bom para as pescarias, o mar será bonançoso e os ventos ajudarão aos saveiros. Mas se Ela recusar, as tempestades se soltarão, os ventos romperão as velas dos barcos, o mar será inimigo dos homens e os cadáveres dos afogados boiarão em busca da terra de Aiocá...

Lendas
  
1- Yemanjá cura Oxalá e ganha o poder sobre as cabeças
Quando Olodumare fez o mundo, deu a cada Orixá um reino, um posto, um trabalho.
Exu recebeu o poder da comunicação e a posse das encruzilhadas;
Ogum, o poder da forja, o comando da guerra e o domínio dos caminhos;
Oxóssi foi designado patrono da caça e da fartura;
Obaluayê, o controle das epidemias;
Oxumaré ganhou o arco-íris e o poder de comandar a chuva, que permite as boas colheitas e afasta a fome;
Xangô recebeu o poder do trovão e o império da lei;
Yansã ficou com o raio e o reino dos mortos;
Euá foi governar os cemitérios;
Oxum recebeu o amor e o zelo pela feminilidade, a riqueza material e a fertilidade das mulheres;
Obá ganhou o patronato da família;
Nanã recebeu a sabedoria dos mais velhos;
Oxalá recebeu o privilégio de criar o homem, depois que Odudua fez o mundo.
E a criação se completou com a obra de Oxaguiã, que inventou a arte de fazer os utensílios, a cultura material.
Para Yemanjá, Olodumare destinou os cuidados de Oxalá: cuidar da casa, dos filhos, da comida, do marido, de tudo enfim.
Yemanjá trabalhava e reclamava: se todos tinham algum poder no mundo, um posto pelo qual recebiam sacrifício e homenagens, por que ela deveria ficar em casa feito escrava? Yemanjá não se conformava. Ela falou, falou, e falou nos ouvidos de Oxalá... Falou tanto, que Oxalá enlouqueceu. Seu ori, sua cabeça, não aguentou o falatório de Yemanjá...
Yemanjá se deu conta do mal que provocara e tratou de Oxalá, cuidando de seu ori enlouquecido, oferecendo-lhe água fresca, obis deliciosos, apetitosos pombos brancos, frutas dulcíssimas. E Oxalá ficou curado.
Então, com o consentimento de Olodumare, Oxalá encarregou Yemanjá de cuidar do ori de todos os mortais. Yemanjá ganhou, enfim, a missão tão desejada.
Agora Ela era a Senhora das cabeças. (Fonte: “Mitologia dos Orixás”, Reginaldo Prandi, Companhia das Letras, 2005, páginas 397/399.)

2- Yemanjá ajuda Olodumare na criação do mundo
Olodumare-Olofin vivia sozinho no Infinito, cercado apenas de fogo, chamas e vapores, onde quase nem podia caminhar. Cansado desse seu universo tenebroso e de não ter com quem falar ou com quem brigar, decidiu pôr fim àquela situação. Liberou as suas forças e a violência delas fez jorrar uma tormenta de águas.
As águas debateram-se contra rochas que nasciam e abriram profundas e grandes fendas no chão. A água encheu as fendas ocas, fazendo-se os mares e oceanos, em cujas profundezas Olokum foi habitar.
Do que sobrou da inundação se fez a terra.
Na superfície do mar, junto à terra, ali Yemanjá formou seu reino, com suas algas e estrelas do mar, peixes, corais, conchas, madrepérolas. Ali nasceu Yemanjá, em prata e azul, coroada pelo arco-íris Oxumarê.
Olodumare e Yemanjá, a Mãe dos Orixás, dominaram o fogo no fundo da Terra e o entregaram ao poder de Aganju, o mestre dos vulcões, por onde ainda respira o fogo aprisionado.
Eles apagaram o fogo que se consumia na superfície do mundo; e com as cinzas Orixá Ocô fertilizou os campos, propiciando o nascimento das ervas, frutos, árvores, bosques e florestas, que foram dados aos cuidados de Ossaim.
Nos lugares onde as cinzas foram escassas, nasceram os pântanos e nos pântanos a peste, que foi doada pela Mãe dos Orixás ao filho Omolu.
Yemanjá encantou-se com a Terra e a enfeitou com rios, cascatas e lagoas. Assim surgiu Oxum, dona das águas doces.
Quando tudo estava feito e cada natureza se encontrava na posse de um dos filhos de Yemanjá, foi que Obatalá, respondendo diretamente às ordens de OLORUM, criou o ser humano. E o ser humano povoou a Terra.
E os Orixás foram celebrados pelos humanos. (Fonte: Reginaldo Prandi, obra citada, páginas 380/381.)

3- Yemanjá irrita-se com a sujeira que os homens lançam no mar
Logo no princípio do mundo, Yemanjá teve motivos para desgostar da humanidade: os seres humanos sujavam suas águas com lixo, jogando no mar tudo o que a eles não servia, velho ou estragado; até mesmo cuspiam em Yemanjá, quando não faziam coisa pior.
Ela foi queixar-se a Olodumare. Assim não dava para continuar. Yemanjá Sessu vivia suja, sua casa estava sempre cheia de porcarias.
Olodumare ouviu seus reclamos e deu-lhe o dom de devolver à praia tudo o que os humanos jogassem de ruim em suas águas.
Desde então as ondas surgiram no mar. As ondas trazem para a terra o que não é do mar. (Fonte: Reginaldo Prandi, obra citada, página 392.)

4- Yemanjá vai morar no mar
Yemanjá estava casada com Olofin-Odùduà, rei de Ifé. Cansada de sua permanência em Ifé, Yemanjá foge em direção ao Oeste, levando consigo uma garrafa contendo um preparado, que ganhara de Olokun com a recomendação de quebrá-la no chão, em caso de extremo perigo.
Assim, Yemanjá foi instalar-se no Oeste, que os Iorubás chamavam de "o entardecer da Terra". E Olofin-Odùduà lançou seu exército à procura da mulher.
Cercada, Yemanjá não se deixou prender, não queria voltar para Ifé.  Então, Ela quebrou a garrafa que ganhara de Olokun, seguindo as instruções recebidas.
Na mesma hora, um rio criou-se ali, levando Yemanjá para Okun, o oceano, lugar da morada de Olokun.

5- Yemanjá recebe a ajuda de Xangô, um de seus filhos
Yemanjá é representada com o aspecto de uma matrona de seios volumosos, símbolo de maternidade fecunda e nutritiva. Esta particularidade de possuir seios majestosos deu origem a desentendimentos entre Yemanjá e o marido, segundo uma lenda que apresenta três versões:
Primeira versão: Diz a tradição Iorubá que Yemanjá era a filha de Olokum, deus do mar. Em Ifé, tornou-se a esposa de Olofin-Odùduà, com o qual teve dez filhos, todos eles Orixás. De tanto amamentar seus filhos, os seios de Yemanjá tornaram-se imensos.
Quando fugiu de Ifé, indo para Abeokutá, Yemanjá continuava muito bonita e Okerê lhe propôs casamento. Ela aceitou, com a condição de que o marido jamais ridicularizasse a imensidão dos seus seios.
Um dia, Okerê voltou para casa embriagado e criticou os seios da esposa.  
Ofendida, Yemanjá fugiu. Okerê colocou seus guerreiros para persegui-la.

Cercada, Ela lembrou que tinha recebido de Olokun uma garrafa, com a recomendação de que só a abrisse em caso de necessidade. Yemanjá tropeçou e quebrou a garrafa. Nasceu então um rio de águas tumultuadas, que levaria Yemanjá para o oceano, morada de Olokun.
Tentando impedir a fuga da mulher, Okerê se transformou numa colina.
Vendo seu caminho bloqueado, Yemanjá chamou Xangô, o mais poderoso dos seus filhos.  Xangô lançou um raio que cortou a colina Okerê em duas, abrindo passagem para Yemanjá, que foi para o oceano, ao encontro de Olokun, e nunca mais voltou para a terra. Ainda existe, na Nigéria, uma colina dividida em duas, de nome Okerê, que dá passagem ao rio Ògùn, que corre para o oceano.

Segunda versão: Ao desentender-se com o marido, Yemanjá, indignada, bateu com o pé no chão e se transformou num rio, a fim de voltar para os domínios de Olokun, o oceano.

Terceira versão: Diante da zombaria do marido, Yemanjá começou a chorar. Chorou tanto, que de seus olhos desceram águas tumultuadas que a tudo tragaram: casa, marido, filhos, animais, a cidade inteira... Ninguém se salvou das ondas geradas pelo pranto de revolta de Yemanjá.
Desde então, Ela vive no fundo do mar, longe dos homens, reinando sozinha em seu império de conchas e peixes...

Divindades assemelhadas
Tétis- Divindade grega que forma com Oceano um casal de Titãs, filhos de Urano e Géia. Tétis e Oceano são as primeiras Divindades Marinhas, das quais os outros deuses ou deusas do mar são descendentes. É a primeira Mãe do Mar, das águas primordiais.
Hera- Divindade grega. Entre os romanos era Juno. A esposa mais ciumenta de Zeus, cujo casamento era o mais sagrado, mostrando a importância da união. Deusa do casamento e do parto.
NereidasDivindades gregas. Filhas de Nereu com Dóris, a Oceânida. São 50 Nereidas, todas Divindades Marinhas.
Sereias Gregas-Divindades gregas que trazem o dom para a música, o canto e o manejo da lira e da flatua, o que traz semelhança com as musas gregas. Com frequência, aparecem como filhas de Aquelóo (“Deus-rio”, filho de Oceano e Tétis).
Parvati- Divindade hindu, consorte de Shiva e mãe de Ganesha. É a Mãe Divina em todos os aspectos.
Aditi- Divindade hindu. Mãe dos deuses, no Rig-veda (1500-1000 a.C.). Mãe do deus do sol (Mitra), do deus da verdade e da ordem universal (Varuna) e também de Indra (o Rei dos deuses).
Danu- Divindade celta, consorte de Bile (ou Beli). É a “Água do Céu”, a grande Mãe. Do seu nome vem a origem do Rio Danúbio, onde primeiro surgiram as raízes da cultura celta.
Mut- Divindade egípica. “A mãe”, em Karnak. (*Observação: MUT era esposa de AMON, deus que ocupava a principal edificação do Templo de Karnac, construído entre 2200 a.C. e 360 a.C. Este Templo de Karnak era o principal local de culto aos deuses de Tebas, entre os quais se destacavam: Amon, Mut e Khonsu. Até o fim da civilização egípcia, Karnak se manteve como centro religioso do Império: Amon-Ra (a forma solarizada do deus Amon) e seus sacerdotes adquirem então um poder prodigioso, que chegou a ameaçar a própria instituição faraônica.)
Aruru- Divindade babilônica. Um dos nomes da Grande Deusa Mãe na mitologia babilônica.
Namur- Divindade-Mãe sumeriana, mãe de Enki e Ereshkigal. Deusa dos Mares, que criou o céu e a terra e gerou várias Divindades, quando a terra foi arrebatada ao céu.
Belet Ili- Divindade sumeriana, “Senhora de todos os deuses”, Grande Deusa Mãe. Consorte de Enki. Divindade do útero e das formas. Ela criou inicialmente sete homens e sete mulheres que, com o tempo, se tornaram a civilização conhecida.
Nanshe- Divindade-Mãe sumeriana festejada com procissões de barcos, nas quais eram depositadas suas oferendas a serem entregues no mar.
Frigga- Divindade nórdica, a Grande Mãe da maioria dos deuses, uma das três esposas de Odin. Frigga é o aspecto Mãe; enquanto Freyja é o aspecto sensual, donzela.
Belat- Divindade caldéia, esposa de Bel. É a “Mãe dos Grandes Deuses” e “Senhora da Cidade de Nipur”.
Coatlicue- Divindade asteca, Mãe de todas as outras divindades. Usa uma saia de serpente e é também Senhora da vida e da morte. Também adorada como Mãe da Terra.
Yngona- Divindade dinamarquesa, é a Grande Mãe.
Mama Cocha- Divindade inca. Cultuada não apenas pelos incas, mas por muitas outras tribos e culturas. É a Mãe do Mar e Senhora dos peixes.
Mariamma- Divindade hindu, Senhora do Mar e de tudo o mais que ele representa e traz de benefícios para nós.
Marah- Divindade caldéia, Senhora das águas salgadas, Mãe que vem do mar.     
Derketo- Divindade assíria, aparece como sereia. Senhora da Lua e da noite, protetora dos animais que habitam o mar.
Mari Ama- Divindade escandinava do mar.
Ilmatar- Divindade finlandesa da água, Grande Mãe criadora que está na origem de tudo.
AnnawanDivindade indonésia do Mar.
Bachue-Divindade colombiana dos índios Chibchas. Seu nome significa “grandes seios”. Junto com seu filho, Ela criou a humanidade.
(Fonte: “Deus, “Deuses” e Divindades, Alexandre Cumino, Madras Editora, 2004, páginas 127/130.)
  
Características dos filhos de Yemanjá
As filhas (e filhos) de Yemanjá possuem como características básicas a força e a determinação, assim como o sentido da amizade e do companheirismo; são pessoas presas no arquétipo da mãe, à família e aos filhos. São doces, carinhosas, tradicionais, pouco rígidas, sentimentalmente envolventes e com grande capacidade de empatia com os problemas e sentimentos dos outros. Não gostam de mudanças e apreciam a rotina do cotidiano. São muito protetoras; possuem o sentido da hierarquia, fazem-se respeitar e são justas, mas formais. Põem à prova as amizades que lhes são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se a perdoam, não a esquecem jamais. Preocupam-se com os outros, são maternais e sérias.
Sem possuírem a vaidade de Oxum, gostam do luxo, das fazendas azuis e vistosas, das jóias caras. Elas têm tendência à vida suntuosa mesmo se as possibilidades do cotidiano
não lhes permitem; mesmo quando pobres, pode-se notar certa sofisticação em suas casas, se comparadas com as demais da comunidade de que fazem parte.
As filhas e filhos de Yemanjá não podem ficar expostos à poeira, pois tendem a desenvolver problemas respiratórios.
São pessoas que não gostam de viver sozinhas, sentem falta da tribo, inconsciente ancestral, e por isso costumam casar ou associar-se cedo. Não apreciam as viagens, detestam os hotéis, preferindo casas onde rapidamente possam repetir os mecanismos e os quase ritos que fazem do cotidiano. Apesar do gosto pelo luxo, não são pessoas obcecadas pela própria carreira, sem grandes planos para atividades de longo prazo, a não ser quando se trata do futuro de filhos e entes próximos.
Mas nem tudo são qualidades em Yemanjá, como em nenhum Orixá. Seu caráter pode levar o filho desse Orixá à tendência de querer consertar a vida dos que o cercam- o destino de todos estaria sob sua responsabilidade-, a serem controladores, voluntariosos, capazes de fazer chantagens emocionais e, algumas vezes, impetuosos e arrogantes. Um filho de Yemanjá pode tornar-se controlador e rancoroso, remoendo questões antigas por anos e anos, sem esquecê-las jamais.
Os filhos de Yemanjá demoram muito para confiar em alguém, bons conhecedores que são da natureza humana. Porém, quando finalmente passam a aceitar uma pessoa no seu verdadeiro e íntimo círculo de amigos, deixam de ter restrições, aceitando-a completamente e defendendo-a, seja nos erros como nos acertos, tendo grande capacidade de perdoar as pequenas falhas humanas.

Oferendas
Modelo 1- Velas brancas e azuis; champanhe; um melão aberto numa das pontas; um punhado de arroz doce; peixe assado ou cozido com camarão, cebola e azeite doce; um punhado de canjica cozida com leite e mel (reservar o líquido do cozimento); rosas brancas; folhas de colônia (ou cardamono) para forrar a oferenda; folhas de alface para colocar o peixe e o arroz doce.
Pedir a Deus e à Mãe Yemanjá a imantação e consagração dos elementos da oferenda, para que liberem energias de cura e equilíbrio que nos auxiliem a alcançar nossos objetivos. Fazer o pedido específico.
Cobrir o chão com as folhas de colônia. No centro, colocar o melão e dentro dele, os grãos da canjica. O peixe e o arroz doce são postos sobre folhas de alface, à direita do melão. Circular com as flores. Em torno, firmar as velas (alternando: branca/azul). Circulando tudo, derramar o champanhe e o líquido do cozimento da canjica, saudando a Divina Mãe. Quando as velas queimarem, agradecer, pedir licença e recolher todo o material, para não agredir a Natureza.
Modelo 2- Faça um círculo com sete velas brancas, sete azuis e sete rosas; colocando no centro champanhe, calda de ameixa ou de pêssego, manjar de coco, arroz-doce e melão, rosas e palmas brancas, tudo depositado à beira-mar. (Fonte: “Código de Umbanda”, Rubens Saraceni, Madras Editora.)
Modelo 3- Toalha branca ou azul claro • velas, pembas, fitas e linhas na cor branca ou azul claro • flores (rosas brancas, palmas brancas, lírio branco) frutas (melão em fatias, cerejas, laranja lima, goiaba branca, framboesa) • bebidas (champanhe de uva e licor de ambrósia) • comidas: manjares; peixes assados; arroz doce com bastante canela em pó. Depositar à beira-mar. (Fonte: “Rituais Umbandistas-Oferendas, Firmezas e Assentamentos”, Rubens Saraceni, Editora Madras.)

Local das oferendas: à beira-mar. Tomar o cuidado de recolher todo o material após a queima das velas.

Quando oferendar Yemanjá
- Para Proteger a família.
- Para Harmonia do Lar, do Casamento, da Família, dos Sócios.
- Para Gerar oportunidades, bons negócios, harmonia, amor.
- Para iniciar algum projeto com proteção e êxito.

Firmeza para Yemanjá: Colocar dentro de uma quartinha azul clara, ou dentro de uma taça de cristal, 33 búzios e cobrir com água com alfazema. Trocar a água semanalmente.

Amaci: Água de fonte com pétalas de rosas brancas e erva cidreira, maceradas e curtidas por sete dias.

Cozinha ritualística
1-Manjar branco - Misturar 1 leite condensado, 2 medidas de leite de vaca (medir na lata do leite condensado), 1 leite de coco, 3 colheres de amido de milho ou de creme de arroz. Levar ao fogo, mexendo sempre, até formar um mingau firme e aparecer o fundo da panela. Despejar num pirex molhado; colocar calda de ameixa ou de pêssego por cima. Enfeitar com rosas brancas e coco ralado.
2-Acaçá de leite- Cozinhar 200 g de farinha de arroz em 1/2 litro de leite, 1/2 litro de leite de coco e açúcar cristal, mexendo sempre, até dar o ponto de enrolar os bolinhos. (Pode-se usar, no lugar da farinha de arroz, milho branco moído e deixado de molho no leite por 24 horas.) Oferendar apenas os acaçás, ou usá-los para decorar outra oferenda. Para Oxalá e Yemanjá, é costume servir os acaçás abertos; para os demais Orixás, eles são enrolados em folha de folha de bananeira ou de uva.
3-Canjica cozida em leite e enfeitada com oito camarões médios cozidos.
4-Camarão de Yemanjá- Camarão fresco (lavar em água e suco de limão) temperado com cebola, cheiro-verde, azeite de oliva e leite de coco.  Bater no liquidificador e cozinhar.
Cobrir com ovos inteiros batidos e diminuir bem o fogo para o cozimento dos ovos.
5-Peixe Cozido: Refogar em fogo lento postas de peixe temperadas com sal, suco de limão e uma pasta de cebola e cheiro-verde passados pelo liquidificador. Quando estiver cozido, regar com azeite de oliva.
6-Peixe assado: Temperar e assar um dourado (ou namorado), regando com azeite de oliva. Servir em louça branca, rodeando o peixe com acaçás e/ou maçãs verdes fatiadas e previamente fervidas numa calda de açúcar.
7-Arroz com maxixe: Cozinhar arroz branco e colocar numa louça branca. Refogar levemente no azeite de oliva oito maxixes cortados em rodelas e colocá-los em cima ou em volta do arroz.

Alguns Caboclos de YemanjáCaboclo do Mar, Caboclo da Praia, Caboclo das Sete Ondas (Oxalá/Yemanjá), Caboclo dos Sete Mares (Oxalá/Yemanjá), Caboclo Beira-Mar (Yemanjá/Obaluaiê), Caboclo Sete Praias (Oxalá/Yemanjá), Cabocla Iara, Cabocla Estrela Dalva, Cabocla Sete Ondas (Oxalá/Yemanjá), Cabocla Jandira, Cabocla Sete Contas (Oxalá/Yemanjá/Oxóssi).

Alguns Exus de Yemanjá: Exu do Mar, Exu da Praia, Exu Pinga Fogo (Xangô/Yemanjá), Exu dos Sete Mares (Oxalá/Yemanjá), Exu Sete Praias (Oxalá/Yemanjá), Exu das Sete Ondas (de Oxalá e Yemanjá).

PRECE

Mar imenso e profundo,
Aqui deixo todos os meus males,
Todas as más influências,
Todos os pontos negativos
Que possam perturbar
A minha evolução...
Recebe em tuas profundezas 
Tudo aquilo que me é maléfico
E devolve-me os fluídos eternos
Que hão de me tornar forte
Para que eu possa fortalecer
Todos aqueles que me rodeiam;
Enche-me o espírito de bênçãos
Para que eu possa abençoar
Toda a humanidade.
Em nome do Infinito Poder,
Lava-me a matéria
Para que eu possa conservá-la
Digna do espírito que me anima.
Deixo na imensidade da tua força
Todos os males;
E levarei comigo
Todo o Poder
Da Magia Superior que representas.
Saravá!

Saravá!
Saravá!


PONTO DE CHAMADA
Olhei pro mar, vi uma Estrela a brilhar
é Mamãe Sereia, a Rainha do Mar...
Estrela ê! Estrela á! Estrela brilha ê, ê, á!
Quem sai das águas, vem beirando a areia,
É Mamãe Sereia, a Rainha do Mar.
Mulher bonita dos cabelos negros
traz em seu olhar o encanto do luar
E lá na areia seus filhos a esperam
soando os atabaques,
para os trabalhos começar.
Doce Yemanjá, Rainha do Mar...


TRONO
TRONO FEMININO DA GERAÇÃO E DA VIDA
Linha
Geração
Fatores
Criativo (Fator puro) e Geracionista ou Gerador (Fator misto).
Essência
Aquática
Cor
Branco cristalino, prata ou azul claro.
(Em algumas Casas: Branco, azul claro. Também verde claro e rosa claro.)
Características
Maternal, protetora, competente, dedicada, mandona, possessiva, Intrigante, controladora.
Instrumentos
Abebé (leque prateado, em forma circular, que pode trazer um espelho no centro); adê (coroa ou diadema); braceletes e pulseiras.
Fio de Contas
Contas e Miçangas de cristal. Firmas cristal.
Também podem ser feitos de pequenas pedras de Água Marinha.
Ervas
1- Fonte: Adriano Camargo:
Ervas agressivas ou quentes de Yemanjá: Erva de bicho, buchinha do norte, alho. Verbos atuantes nas ervas quentes: invadir, transbordar, corroer, derramar.
Ervas equilibradoras ou mornas: Alfazema, anis estrelado, rosa branca, camomila, manjericão, erva de Santa Maria, mentruz, hibisco (flor), manjerona, mulungu (casca e raiz), noz moscada, margarida, sensitiva, arroz. Verbos atuantes nas ervas mornas: gerar, fluir, sustentar, avolumar.

2- Mais ervas de uso comum: As pétalas de flores brancas e azuis clarinhas em geral; abebê; aguapé; alcaparreira (ou galeata); alga marinha; alteia (ou malvarisco); anis estrelado; araçá da praia (ou araticum do brejo, ou maçã de cobra); azaléia; boldo; camélia; cavalinha (ou milho de cobra); coco de iri; colônia (ou cardamono); condessa; embaúba; erva cidreira; erva de Santa Luzia; flor de laranjeira; folha de leite; fruta da condessa; gardênia; gerânio; golfo; graviola; guariroba; guabiraba (ou guabiroba); hortelã; hortênsia; íris; jasmim; jarrinha; jequitibá rosa; lágrimas de Nossa Senhora; levante; lótus; mãe boa; macela; malva; malva branca; marianinha (ou trapoeraba azul); musgo marinho; nenúfar; olhos de Santa Luzia (ou trapoeraba branca); oriri; pata de vaca; rama de leite; papoula; plantas aquáticas; trevo; unha de vaca; valeriana; violeta.
Oferendas
1-Comidas rituais: Canjica branca, peixe de água salgada, arroz-doce com mel, camarão, acaçá, pudim, manjar branco com calda de ameixa ou de pêssego, sagu com leite de coco, cocada branca, bolo de arroz, ebôya e vários tipos de furá. (Observação: *Ebôya, eboia ou fava de Yemanjá- Comida ritual do Candomblé, feita com fava cozida refogada com cebolacamarãoazeite de dendê ou azeite doce. Pode ser feita com o milho branco na falta da fava, então recebendo o nome de Dibô. É oferecida especificamente a Yemanjá. *Furá- Comida votiva ou ritual, no Candomblé. São bolinhos ou bolas feitos de arroz, ou inhame, ou farinha de mandioca, ou farinha de milho.)
2-Frutas: Mamão, graviola, uvas brancas, melancia, melão, maçã verde, pêra, coco verde, coco seco, caqui, ameixa clara, uva-passa branca, pêssego, goiaba, melão, uvas dedo de dama (uva Juliana), laranjas doces, as frutas suaves em geral, nabo, pepino.
3-Bebidas: Água de coco, mel, água salgada ou potável, o champanhe claro e os sucos de suas próprias ervas e frutos.
4-Flores: Rosas e palmas brancas, angélicas, orquídeas, crisântemos brancos.
Símbolo
Lua minguante, ondas, peixes.
Pontos da Natureza
Mar.
Flores
Rosas e palmas brancas, flor de laranjeira, hibisco, angélicas, orquídeas, crisântemos brancos, hortênsia, azaléia, gerânio, papoula, nenúfar (a flor da planta aquática de mesmo nome, também conhecida como lótus branco).
Essências
Jasmim, Rosa Branca, Orquídea, Crisântemo.
Pedras e Minérios
Pedras: Pérola, Água Marinha, Lápis-Lazúli, Calcedônia, Turquesa, Diamante, Madrepérola, Zircão, Quartzo Azul, Topázio Azul e pedras azuis em geral. Dia indicado para consagrar: domingo. Hora indicada: 10 horas.
Minério: Platina. Dia indicado para a consagração: sábado. Hora indicada: 12 horas.
Metal
Prata, Cobalto e Chumbo.
(Observação: A maior parte da Prata é um subproduto da mineração de Chumbo e está frequentemente associada aoCobre. Dentre os metais, é a que mais conduz corrente elétrica, superando o Cobre e o Ouro.)
Saúde
1-Psiquismo e Sistema Nervoso- quadros ligados às emoções, que sempre são relacionadas ao elemento água e às influências da Lua e de Netuno, planetas associados ao Orixá Yemanjá.
2-Porque Yemanjá é a Regente do Sentido da Geração e da Vida, ligado ao Chakra Básico, também estão envolvidos a coluna vertebral, os rins, o aparelho reprodutor e os membros inferiores e alguns músculos.
As musculaturas que podem ser atingidas por um bloqueio nessa região sãoglúteos, diafragma pélvico, músculos internos da barriga e da região lombar (abdominais, lombares, lombo sacrais e glúteos médios).
Pessoas com estes bloqueios podem apresentar hemorróidas, dores lombares, tensão nas pernas e pés, problemas nos aparelhos urogenitais e dificuldades sexuais.
Planeta
Lua e Netuno.
Dia da Semana
Na Umbanda, os dias da semana consagrados a Yemanjá são a 2ª feira (regência da Lua) e a 6ª feira (dia de Vênus e de Netuno; sendo que o planeta Netuno, “o deus dos mares”, está diretamente associado a Yemanjá e à Linha dos Marinheiros).
No Culto de Nação e no Candomblé, no geral, Yemanjá tem como dia da semana o sábado. Alguns lhe dedicam a 6ª feira. 
Elemento
Seu 1º Elemento de atuação é a Água e o 2º elemento é o Cristal.
Chakra
Básico (ligado ao Sentido da Geração).
O chakra Básico (ou Raiz) fica na base da coluna vertebral, logo acima dos órgãos reprodutores. Dá sustentação aos demais chakras. Posição vertical, ele se abre para baixo, formando um eixo magnético com o chakra da Coroa.
Abrange: Alimentação, equilíbrio, saúde e finanças. Pode solucionar grande parte dos problemas comuns no ser humano.
Importância deste chakra: Ligado às glândulas supra-renais, é o responsável pela absorção da Kundalini (energia da terra) e pelo estímulo direto da energia no corpo e na circulação do sangue. Está muito ligado às sensações físicas e diretamente relacionado com os membros inferiores e os instintos físicos. Atua na irrigação dos órgãos sexuais.
Por meio dele é que entram as energias que nos conectam com a terra e com o mundo exterior.  Ligação com a terra, com o bem-estar físico, com o instinto de sobrevivência, com a vitalidade e com a sexualidade.
Está diretamente ligado à vontadeele nos dá motivação e energia para agir, fazer, realizar, ganhar nosso sustento, enfrentar obstáculos etc.
Na época atual, encontra-se passivo, na maioria dos indivíduos, pois só entra em atividade por um ato de vontade dirigida e controlada pelo iniciado. Por que isso? Porque o chakra Básico responde ao aspecto vontade.
Da mesma forma que o princípio “vida” está situado no coração, o princípio da “vontade” está situado no chakra Básico, na base da coluna.
Seu principal aspecto é a inocência, qualidade pela qual experimentamos a alegria pura, infantil, sem as limitações do preconceito e dos condicionamentos, e que nos dá dignidade, equilíbrio e um enorme senso de direção e propósito na vida. É apenas simplicidade, pureza e alegria.
No chakra Básico se unem matéria e espírito e a Vida se relaciona com a forma.  É o chakra onde a "serpente de Deus" (Energia Divina) experimenta duas transformações:1- A “serpente da matéria” permanece enrolada sobre si mesma, e se transforma na "serpente da sabedoria" quando despertamos nossa consciência de filhos de Deus2-A “serpente da sabedoria” sobe ao longo da coluna, até chegar ao topo da cabeça, no chakra da Coroa, e então se converte no "dragão de luz vivente", quando passamos a viver conectados com a Luz.
Essas etapas são nutridas pela Energia que flui através da coluna vertebral, por intermédio do cordão vertical (eixo magnético) que se forma do chakra Coronário ao chakra Básico.
Esta é uma representação da energia kundaliniuma Energia Divina que vem da Terra, que é básica para a nossa existência, e que desperta quando tomamos consciência de que somos espíritos imortais vivendo importantes experiências na carne. Ao tomarmos consciência da nossa origem Divina, a kundalini desperta e nos traz o prazer de viver, gratidão pela Vida etc. Então ela sobe pela coluna vertebral, até chegar ao chakra da Coroa, onde se encontra com as Energias que vêm do Alto (“as Energias do espírito”).
Cor de vibração do chakra Básico: vermelho.
Desequilíbrios neste chakra podem ser tratados com o uso de velas e demais elementos ligados a Yemanjá, a Divina Regente deste nosso centro de forças.
Saudação
Odô iyá, Odô Fiaba, Odôyabá! Odoyá Omi Ô! Odô cyaba!
Bebida
Champanhe branco, água mineral, calda de ameixa, calda de pêssego, “água de arroz” (deixar o arroz de molho em água mineral e depois utilizar essa água), água do cozimento da canjica.
Animais
Peixes, Cabra Branca, Pata ou Galinha branca.
Número
Na Umbanda, Yemanjá é associada ao número 08.
Data Comemorativa
Em algumas Casas: 02 de fevereiro, sincretizada com Nossa Senhora das Candeias (ou da Luz) ou com Nossa Senhora dos Navegantes;
Em outras: 08 de dezembro, sincretizada com Nossa Senhora da Conceição.
Quando sincretizada com Nossa Senhora da Glória, é festejada em 15 de agosto, data em que a Igreja Católica festeja a Ascensão ou Assunção (subida aos céus) da Virgem Maria.
Sincretismo
Nossa Senhora das Candeias (ou da Luz); Nossa Senhora da Conceição dos Navegantes; Nossa Senhora da Glória (nome que se dá à Virgem Maria pela sua Ascensão ou Assunção aos Céus; sendo que Maria é a Mãe, dentro da liturgia Católica).
Incompatibilidades
No Culto de Nação e no Candomblé, observam-se algumas proibições (euós ou quizilas) em relação ao Orixá Yemanjá: quiabo, feijão, peixe de pele; ataré (pimenta da costa). Para algumas Qualidades de Yemanjá, o dendê também é uma proibição. Tais elementos não podem ser a Ela ofertados.
Seus filhos e filhas de santo não podem consumir esses e também os seguintes alimentos:
1-de origem animal: a cabeça da galinha de angola; arraia; camarão vermelho; caranguejo; lula; peixes de pele; peixes vermelhos; sangue de animais;
2-de origem vegetal: inhame; uva branca; tangerina; banana-figo (muito parecida com a banana da terra, porém menor e com um teor de açúcar mais baixo); carambola; abóbora. (Fonte: “Culto aos Orixás, Voduns e Ancestrais nas Religiões Afro-brasileiras”, org. Carlos Eugênio Marcondes de Moura, Editora Pallas, 2004, páginas 48 e 190/193.)
Qualidades
Teoricamente, haveria 16 Qualidades de Yemanjá, mas o número geralmente encontrado é superior: Iemowo, Iamassê, Iewa, Olossa, Ogunté, Assabá, Assessu (ou Sessu ou Iyasessu), Sobá, Tuman, Ataramogba, Masemale, Awoió, Kayala, Marabô, Inaiê, Aynu, Susure, Iyaku, Acurá, Maialeuó, Conlá.

2-Na Bahia e em Cuba se diz que há uma Yemanjá, filha de Olokun, à qual se chega por sete caminhos. Daí falar-se em sete Yemanjás; sendo que cada nome diz respeito ao ponto da natureza onde a Divindade se encontra.
Segundo Lydia Cabrera, Antropóloga e Poeta cubana que viveu de 20 de maio de 1899 a 19 de setembro de 1991 e que é considerada uma autoridade em cultura afro-cubana, os sete nomes, sete caminhos ou sete Qualidades de Yemanjá e suas características são estas:
Iemowô, que na África é a mulher de Oxalá;
Iamassê, mãe de Xangô;
Euá (ou Yewá)- Rio que na África corre paralelo ao rio Ògùn;
Olossá, a lagoa na qual deságua o rio Ògùn;
Yogunté ou Ogunté, casada com Ogun Alagbedé. É uma amazona terrível; traz na cintura o facão e os outros instrumentos de ferro de Ogun. Adora carneiro e não tolera pato;
Assabá- Está sempre fiando algodão. Tem um olhar insustentável; é muito orgulhosa, e somente escuta dando as costas ou ficando ligeiramente de perfil. Usa uma corrente de prata amarrada no tornozelo. Foi mulher de Orumilá, que aceitava seus conselhos com respeito;
Assessú- É voluntariosa, muito séria e respeitável. Vive em águas agitadas. Gosta de comer pato. Muito lenta ao escutar os pedidos dos fiéis, esquece-os; e se põe a contar as penas do pato que lhe deram como oferenda. Quando se engana no cálculo, ela recomeça, e a operação se prolonga indefinidamente.
 Fonte: http://www.seteporteiras.org.br/index.php/os-orixas/yemanja

Oração para Yemanjá 

Oh ! Yemanjá, Sereia do Mar.

Canto doce, acalanto dos aflitos.
Mãe do mundo, tenha piedade de nós.
Benditas são as benções
que vem do teu reino.
Meu coração e minha alma se
abrem para te receber.
Mãe que protege, que sustenta,
que leva embora toda dor.
Mãe dos Orixás, Mãe que cuida
e zela pelos seus filhos
e os filhos de seus filhos.
Yemanjá, tua luz
norteia meus pensamentos
e tuas águas lavam minha cabeça.
Odoyá !




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13 de dezembro - Dia dos Marinheiros

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A LINHA DOS MARINHEIROS

A Linha dos Marinheiros da Umbanda engloba espíritos que trabalham no auxílio a encarnados e desencarnados, a partir do seu magnetismo aquático e de seus conhecimentos sobre a manipulação do Mistério das Águas.

Nela se apresentam espíritos que em últimas encarnações foram marinheiros de fato, navegadores, oficiais, pescadores, povos ribeirinhos, canoeiros, ex-piratas etc.

É o arquétipo do homem litorâneo, daquele que sobrevive do mar e dos rios.

A Linha dos Marinheiros tem a Regência direta dos Orixás Yemanjá e Omolu.

Yemanjá rege “a parte de cima” do mar e Omolu rege “a parte de baixo”.

Yemanjá rege o mar (“calunga grande”) e dá sustentação e amparo aos espíritos que nele viveram de forma positiva, extraindo de suas águas recursos para alimentar vidas.  

Omolu rege a terra (“calunga pequena”) e sustenta o eterno vai-e-vem das águas. Mas também atrai para os seus domínios os espíritos que se utilizaram do mar de forma negativa, alimentando apenas seus instintos inferiores.

Esta Linha de Trabalho é também chamada de “Povos da Água” e está relacionada a outras Mães das Águas: Oxum (águas doces), Nanã (lagos e lagoas), Yansã (água da chuva), Oyá-Tempo (água do sereno). Mas sua principal Regente é Yemanjá.

Os Marinheiros trabalham ainda sob influência das Forças Naturais que enfrentam no mar, tais como: as calmarias (Mistério de Oxalá); os raios (Mistério de Xangô); os tufões (Mistério de Yansã); os ciclones (Mistério de Oyá-Tempo); os bancos de areia (Mistério de Omolu); os recifes de corais (Mistério de Obá); os sargaços (Mistério de Oxóssi); as correntes marinhas (Mistério de Ogum).

Para lidar com essas energias, os Marinheiros precisam do conhecimento e da licença dos Orixás Regentes.
Portanto, ser um Marinheiro de Umbanda requer “preparo”!...

Nos Terreiros, a chegada dos Marinheiros traz uma alegria contagiante. Abraçam a todos, brincam com um jeito maroto, gingando pra lá e pra cá, PARECENDO embriagados.

Mas NÃO estão embriagados, como se poderia pensar. É o seu magnetismo aquático que os faz ficar “balançando”.

Cada elemento tem o seu magnetismo. E os espíritos que se manifestam naquela Irradiação têm magnetismo idêntico.

O que faz o mar ondular é o magnetismo característico de Mãe Yemanjá, Regente Divina dessas águas e da Linha dos Marinheiros. Logo, os Marinheiros têm esse magnetismo “ondulante”.

Ao incorporar em seu médium, o Marinheiro “bambeia”, ele se movimenta como quem se equilibra no tombadilho de um navio ou de um barco em alto mar. Desta forma, ele libera energias em formas onduladas, é através dos seus “balanços” que lembram os movimentos de uma pessoa embriagada. (Se ficarmos algum tempo no mar, vamos entender melhor isso: ao voltar para terra firme, sentiremos estar “balançando”, “bambeando”, ainda sob o efeito do movimento ondulante do mar.)

Os “balanços” dos Marinheiros liberam ondas de forte magnetismo aquático que desagregam acúmulos negativos de origem externa e interna, equilibram nosso emocional e mental e nos dão condições de gerar coisas positivas em nossas vidas. Vale lembrar que as águas simbolizam as nossas emoções e estão ligadas à origem da vida.

Nas Giras de desenvolvimento o magnetismo dos Marinheiros é um potente equilibrador emocional do médium, colaborando de forma essencial no processo.

A Linha atua preferencialmente na diluição de cargas trevosas e em trabalhos voltados para a cura emocional do consulente, muitas vezes com a ajuda de seres Elementais da Água que são atraídos com tal propósito. O contato com esses seres realiza uma potente limpeza em nosso campo magnético, uma verdadeira “explosão” de energia equilibradora.

Os Marinheiros são Magos dos Mistérios Aquáticos. Atuam de forma única dentro da Umbanda, na manipulação de energias que nos libertam de bloqueios íntimos e nos dão equilíbrio emocional. Pode parecer pouco, mas hoje a própria ciência analisa e admite os efeitos dos distúrbios emocionais como geradores de várias enfermidades. De modo que a cura emocional é o primeiro grande passo para outras conquistas.

Os Marujos lidam com os consulentes de forma simpática e extrovertida, “quebrando o gelo” e deixando o assistido muito à vontade, o que facilita a recepção dessas energias equilibradoras e curadoras.

Sua linguagem é bastante simbólica:

●“o mar”― expressão que usam significando a nossa vida. Quando falam que “o mar tá bravo”, é porque o médium ou o consulente está com dificuldades na vida por não saber lidar com as emoções;

●“barco”― maneira pela qual nos designam (é o próprio médium, é o consulente);

●“Capitão Maior/Capitão do Navio”― expressões para se referirem a Deus.

Além dos trabalhos de descarrego e quebra de magias negativas, dão consultas e passes. Costumam ir direto ao ponto, sem rodeios. Mas sabem como falar aos consulentes sem criar um clima desagradável ou de medo.

São amigos, trazem uma mensagem de esperança e força. Sempre nos alertam para agir com fé e confiança e desbravar o desconhecido, seja do nosso interior ou do mundo que nos rodeia.  

Algumas vezes, ao incorporar, os Marinheiros precisam tomar alguma bebida alcoólica para não prejudicar o físico do médium. Como se explica isso?

Acontece que o nosso organismo queima ou consome energia; e o álcool produzido pelos amidos que ingerimos sustenta essa queima.

No caso, sem ingerir a bebida, o magnetismo da Entidade absorverá muito do álcool do corpo do médium, prejudicando suas funções.

Quando espíritos regidos por magnetismos densos (água, terra e fogo) incorporam, eles precisam ingerir alguma bebida alcoólica, para não consumir aquele álcool do corpo do médium. Caso contrário, irão paralisar o organismo do médium em algumas de suas funções.

O uso da bebida dá fluidez e volatilidade às vibrações desses espíritos, expande seus campos magnéticos e possibilita a estabilização e o equilíbrio nas incorporações.

Como os Marinheiros vivem na irradiação aquática do mar, quando incorporam, parece-lhes que é o solo que está se movendo. Daí, com funções inversas, o álcool lhes dá estabilidade e equilíbrio para ficarem parados e darem atendimento às pessoas.

O álcool tira o equilíbrio de uma pessoa. Mas, assim como o veneno de cobra é o único antídoto contra picadas de cobras, com os Marinheiros a ingestão de bebida alcoólica lhes dá estabilidade. Porém, esse consumo precisará ser controlado e restrito a uma dose mínima!

Dentro de um trabalho espiritual, o excesso de bebida nunca se justifica. O Guia é um espírito que se preparou e obteve a permissão da Lei Divina para vir nos ajudar; é um mago que sabe como manipular os elementos e usa o mínimo necessário, pois não precisa de “quantidade”. Quando há excesso, isso se dá pela ignorância (despreparo), ou então pela vaidade do médium.
(FONTE: “Arquétipos da Umbanda”, Rubens Saraceni, Madras Editora, 2007, páginas 113/115.)


Nomes simbólicos: Martim Pescador, Marinheiro das Sete Praias, João das Sete Ondas, Capitão dos Mares, João da Praia, Zé do Mar, Zé Pescador, João da Marina, Zé da Maré, Antonio das Águas, Zé da Jangada, Seu Antenor, Seu Jangadeiro, João Canoeiro, Zé dos Remos, João do Rio etc.

Dia da semana:  A 2ª feira, dia associado à Lua e ao Orixá Yemanjá. Também a 6ª feira, regida por Netuno, planeta relacionado a Yemanjá.

Campo de atuação: Quebra de bloqueios emocionais; equilíbrio das emoções; limpeza energética; quebra de magias negativas.

Ponto de força: A beira-mar; beira dos rios.

Saudação: Salve a Marujada!

Cor: Azul claro e branco.

Elementos de trabalho: Pedras, conchas, búzios, estrelas do mar, caramujos, velas, fitas e linhas, areia, arroz, cebola branca. 

Ervas: Alfazema, erva-cidreira, anis estrelado, rosa branca, camomila, manjericão, erva de Santa Maria, mentruz, hibisco (flor), manjerona, mulungu (casca e raiz), noz moscada, margarida, sensitiva, arroz, erva de bicho, buchinha do norte, casca de alho, casca de cebola.

Fumos/defumação: Charuto; cigarrilha; fumos diversos feitos de ervas enroladas na palha.

Incenso: Rosas brancas, alfazema, anis estrelado.

Pedras: As pedras azuis. Exemplos: Água-Marinha, Topázio Azul, Calcedônia, Quartzo Azul. Também as pedras pretas, quando o trabalho é para uma limpeza pesada. Exemplos: Vassoura da Bruxa, Turmalina Preta. (Fonte: Angélica Lisanty, “Os Cristais e os Orixás”, Madras Editora, 2008, página 84.)

Bebidas: Suco de pera e de melão; água de coco; leite com mel; cerveja clara; conhaque com mel; rum; pinga com mel; vinho branco.

Frutas: Melancia, melão, pêra, pêssego, laranjas, figo, maçãs, uvas verdes, carambola. Também as frutas de polpa branca em geral.

Flores: Cravo branco, palmas brancas, rosas brancas; as flores brancas em geral; hortênsia.

Oferenda ritual: Velas, pembas, fitas e linhas de cor branca e azul claro; cravos bran­cos; frutas variadas; bebidas: rum, aguardente ou cerveja branca.

Cozinha ritualística:

1-Moqueca mista: 5oo g de camarão, postas de peixe, sal, pimenta, 2 colheres (sopa) de suco de limão, 2 colheres (sopa) de dendê, 1 colher (sopa) de azeite de oliva, 2 cebolas raladas, 5 tomates sem pele picadinhos, 1 pimenta vermelha picada sem sementes, 1 pimentão amarelo picadinho,  cheiro-verde picado, meia xícara de leite de coco. Temperar o peixe e o camarão com sal e limão. Colocar o dendê numa panela, aquecer e refogar ligeiramente a cebola, o tomate, o pimentão e a pimenta, com o sal. Juntar o camarão e o peixe e levar ao fogo brando por uns 20 minutos. Adicionar o cheiro-verde e o leite de coco. Servir com arroz branco ou com acaçá.

2-Arroz branco com camarão. Refogar uma porção de camarão no azeite de oliva com cebola, alho, sal, tomate, pimentão amarelo picadinho e temperos frescos a gosto. Cozinhar o arroz e decorar com o camarão.

3-Abobrinhas recheadas com arroz- Cozinhar arroz branco com os temperos comuns. Quando começar a secar, abaixar bem o fogo, juntar um pouco de leite de coco, mexer e esperar terminar o cozimento. Em separado, lavar e cortar algumas abobrinhas, no sentido do comprimento, retirando parte da polpa (fazer um buraco para colocar o recheio). Polvilhar um pouco de sal nas abobrinhas e cozinhá-las em banho-maria, cuidando para que não amoleçam. Rechear as abobrinhas com o arroz e decorar com cheiro-verde e temperos a gosto. Regar com um fio de azeite de oliva. [A mesma receita pode ser feita com batatas grandes: tirar uma tampa; remover parte da polpa com uma colher, abrindo um buraco para o recheio. Cozinhar e depois rechear. Podem-se acrescentar camarões pequenos temperados com sal e limão e refogados em azeite, tanto no arroz quanto nas batatas.]

4-Peixe na cerveja- Lavar alguns filés de pescada (ou outro peixe de água salgada), depois espremer sobre eles um pouco de suco de limão e tornar a lavar. Salgar os filés e colocá-los de molho por cerca de 1 hora numa mistura de cerveja branca, batatinha em rodelas finas, alho, cebola e tomate bem picadinhos. Em seguida, levar para cozinhar em fogo bem baixo, com cuidado, para não quebrar os filés. Podemos intercalar: camadas da batata em rodelas finas; molho; peixe. [Observação: Esse peixe também pode ser assado. Ou pode ser empanado em farinha de trigo e frito e neste caso refogamos a batata, a cebola, o alho e o tomate num pouco de azeite de oliva e colocamos essa mistura sobre o peixe já frito.]

5-Frutas aquosas, tais como: melancia, melão, pêra, pêssego, laranjas, figo, maçãs. Também as frutas de polpa branca em geral. Colocar num prato de papelão forrado com ervas (erva-doce fresca, capim cidrão etc.) ou então num “barco” feito com a casca da melancia ou do melão. Decorar com pétalas de flores brancas.

Oração aos Marinheiros

Pelo mar vou levando o desequilíbrio e as negatividades do meu ser.

Pelo mar vou levando a incerteza de que caminho tomar.

Pelo mar vou levando os motivos de meu desespero e solidão.

Pelo mar vou levando a falta de um caminho para seguir.

Que os marujos me tragam a certeza de uma vida equilibrada, a vontade de continuar navegando e a promessa de um caminho iluminado.

Que Assim Seja!

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Feliz Natal!

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Amigo(a) ontem encontrei com o Papai Noel e ele me disse que eu poderia pedir qualquer coisa neste Natal!

Meu pedido foi para ter meus amigos bem pertinho de mim neste Natal e Ano Novo. 

Por isso eu já vou avisando, ser por acaso aparecer um velhinho por aí e ele tentar te empacotar, relaxa... e por favor, vê se colabora, tá?

Aos meus queridos amigos e amigas, o Grupo Boiadeiro Rei deseja a todos um 

╰♡╮Feliz Natal!!!

Que a Luz Divina de Aruanda ilumine cada coração e que essa Luz se irradie por todos os dias do ano.


POMBA GIRA MARIA QUITÉRIA

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E afinal quem são as "Marias Quitérias"?

São uma falange composta de espíritos que apresentam-se como Pombas Giras. Entretanto existe as Ciganas "Marias Quitérias" e Quitérias e ainda, as Pombas Giras Ciganas "Marias Quitérias". Encontramos ainda essa denominação nas Baianas e Boiadeiras.
A Falange Maria Quitéria congrega espíritos altamente guerreiros que em sua roupagem fluídica mostram-se combativas, muitas vezes com a apresentação de facas, lanças, adagas, punhais e tridentes. Outra marca interessante da falange é a irreverência e a multiplicidade das apresentações, dependendo do objetivo a ser atingido. Assim podem mostrar-se à vidência de muitas formas, mas sempre com uma energia combativa e forte.
São especialistas em contra-demandas, trabalham em todos os campos de atuações das Guardiãs e em parceria com muitas falanges de Exús Guardiões.
Executam trabalhos de libertações de espíritos cativos, são ainda responsáveis pela "punição" e "retorno" de magias negras aos seus mentores e executores, encarnados ou desencarnados.
Destemidas e determinadas, têm participações definitivas em inúmeras batalhas espirituais, que por vezes envolvem e demandam muito tempo. Presença constante nos Terreiros, trabalhando a segurança do mesmo e de seus frequentadores.
"MARIA QUITÉRIA"é sinônimo de luta e força, seja as Pombas Giras, as Ciganas, as Baianas ou as Boiadeiras da Umbanda!
Espero ter contribuído um pouco mais para o esclarecimento de mais uma falange de Guardiãs.
A essas lindas guerreiras sempre prontas a ajudar-nos em nossos combates, deixo minhas saudações.

CLAUDIA BAIBICH.

Fonte:http://pombagiras.blogspot.com.br/

História das Pombas Giras das Almas

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Conta a história que no século XIII existiu em uma aldeia da Irlanda 3 irmãs donas de poderes ocultos... a qual ajudavam muitas pessoas em trocas de presentes e dinheiro. Elas eram consideradas bruxas mercenárias que se aproveitavam do seus poderes para ter uma vida de luxo e de fama.

POMBAS GIRAS DAS ALMAS, QUEM SÃO E O QUE FAZEM?



As Pombas Giras das Almas realizam um dos trabalhos mais lindos e específicos, nas falanges das Guardiãs. Essas Senhoras são espíritos de grande benevolência, sabedoria e dedicação ao trabalho que realizam, com total amor aos seus próximos: irmãos desencarnados que necessitam de amor e esclarecimentos sobre sua condição, sem maior trauma e sofrimento.
Tenho escrito sobre diversas falanges e das suas atuações, e muito ainda há que se escrever.
Hoje veremos as Guardiãs das Almas:

Primeiro: existe diferença entre Pomba Gira das Almas, Pomba Gira do Cruzeiro das Almas, Pomba Gira do Cemitério, Pomba Gira da Calunga e Pomba Gira do Cruzeiro.
Todas essas diferenças serão explicadas, nesse blog.
Pombas Giras das Almas, não é o nome de uma falange e sim de uma atuação que espíritos de diversas falanges participam.

O vocábulo alma, no latim, é anima e no grego: anemos que significam: sopro, emanação, o ser imaterial e individual que une-se ao corpo, para dar-lhe vida numa encarnação.
O emprego dos vocábulos Alma e Espírito assumem conceitos e significados diferentes nas diversas teorias religiosas, psicológicas e filosóficas.

Na doutrina espírita, a união do corpo material, da alma e o períspirito constituiriam o homem encarnado. E a alma e o períspirito separados do corpo material, constituiriam o espírito.

O foco do trabalho é a ajuda aos espíritos que se encontram perdidos quanto ao seu estado, ou seja, espíritos que não têm consciência de seu desencarne e consequentemente estão "presos" a experiência corporal, mantendo ainda percepções sensoriais típicas do encarnado.
Embora encontrem-se nesse estágio, esses espíritos não têm a intenção consciente de manterem-se encarnados e muito menos, alimentam o desejo de prejudicarem seus entes queridos ou quem quer que seja, através de obsessões volitivas. Eles simplesmente não sabem ou não querem aceitar que desencarnaram. Desse modo tentam ficar próximos de seus lares, locais de trabalho, amigos, parentes e até frequentam os mesmos ambientes sociais de quando encarnados. Não querem fazer mal a ninguém, querem simplesmente estar presente.

As Pombas Giras das Almas dedicam-se a amparar, esclarecer e encaminhar esses espíritos em seu caminho de continuidade e evolução. Esse não costuma ser um trabalho de resultados imediatistas.
Às Guardiãs das Almas, cabe a função de fazer com que o espírito tenha a percepção de sua condição, como facilitadoras desse processo, e não obrigá-lo a partir contra a sua vontade. Ele tem que perceber, que não está ajudando a si, e muito menos as pessoas que ama , com sua presença.
Esse apego normamente é em relação aos entes próximos, mas pode ser também em relação a um determinado local físico, que de certa forma, tenha sido importante para esses desencarnados.

A roupagem fluídica das Pombas Giras das Almas é sempre o mais próxima possível, da crença do espírito que esteja ajudando, podendo assumir várias formas, inclusive para os outros espíritos próximos e familiares que já estejam tentando ajudar esse desencarnado.
Normalmente mostram-se à vidência com roupas claras, quase etéricas, trazem consigo sempre uma referência à luz, ao caminho, como velas brancas ou lamparinas.
Nos Terreiros, quando incorporadas, podem usar roupas brancas, pretas ou pretas e brancas.
Suas manifestações dependem de uma série de fatores: a natureza do trabalho, a energia do local, a energia do médium entre outras. Mas dificilmente expressam-se de modo sensual, sedutor ou agressivo. Ao contrário, na maioria das vezes, quando o médium não atrapalha a manifestação da entidade, com seus conceitos errados de como uma Pomba Gira deve ser, a manifestação das Senhoras das Almas, é a da Mãe que guia os filhos com a autoridade e o amor necessários.

Então encontraremos em diversas Falanges, a função "Das Almas": Maria Padilha das Almas, Maria Mulambo das Almas, Maria Quitéria das Almas, Rainha das Almas, Menina das Almas, etc.


SALVE AS SENHORAS GUARDIÃS DAS ALMAS!!!


CLAUDIA BAIBICH


Fonte: http://pombagiras.blogspot.com.br/2010/03/pomba-gira-das-almas-quem-sao-e-o-que.html

HISTÓRIA DA POMBA GIRA ROSA NEGRA

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Rosa Negra pertence à falange de Dona Rosa Caveira.
Contou-me que sua última encarnação foi uma escrava em uma fazenda na Bahia. Adotou o nome Rosa por pertencer à falange de Rosa Caveira, e Negra, devido a sua última encarnação, como escrava, numa alusão à sua pele.
Existem muitas Guardiãs, que se apresentam como mulheres negras.
Como bela negra que era, sofreu muito com os abusos sexuais por parte de seu senhor e feitores.
Para vingar-se, utilizava a magia negra contra o seus agressores.
Morreu aos 28 anos, vítima de doença venérea.
O desencarne, aliviou o sofrimento da carne, mas não o da alma.
Dona Rosa Negra hoje, arrependida, dos males que causou com seus feitiços, trabalha para sua evolução como um espírito trabalhador na Falange de Dona Rosa Caveira.
Não se interessa muito pelos romances, atua nos casos de proteção contra contra magos negros.
Não recebe oferendas, pois age somente com o mando e permissão de Dona Rosa Caveira.
Dona Rosa Negra se encontra hoje em paz, buscando evoluir cada vez mais.
Salve Dona Rosa Negra.

CLAUDIA BAIBICH

Fonte: http://pombagiras.blogspot.com.br/

Historia da Pomba Gira Sete Saias

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SETE

Vamos contar essa história que é de muita valia para aqueles que são seus seguidores e admirados. Sete Saias teve sua vinda ao mundo marcada por muito sofrimento. Já na sua infância se dá o início de sua aflição, pois ao nascer sua mãe falece por complicações durante o parto. Desde então sofre constantes humilhações vindas de seu pai que passa a culpá-la pela morte da esposa que tanto amava. Sete Saias cresce e com o passar dos anos crescem os aviltamentos e já moça passa a ser forçada a fazer todas as vontades do pai sendo mais uma serviçal do que uma filha. Com seu pai Sete Saias movara em uma choupana afastada no lugarejo onde habitavam e por esse motivo não vê felicidade em seu futuro. Acaba então a moça Sete Saias se relacionando com homens casados e ricos do povoado vendo ai sua única satisfação. Mas a vida não lhe sorri pelos seus envolvimentos e pelo enredo de traições em que se envolve e as esposas traídas desejam o seu mal a ponto de desejarem apedreja-la. Mas até aqui não se fala por que ela recebeu este nome: Sete Saias.

Segundo conta a lenda o motivo pelo qual tem este nome é que a moça tinha sete amantes. Assim, para cada amante ela usava respectivamente uma saia. Estes amantes, encuimados entre si decidem transformar a vida da moça, trancando-a em um casebre afastado como modo de puní-la pela vida libertina que escolhera junto aos mesmos. É então obrigada a se alimentar de restos de vegetais que se encontravam no interior de seu carcere... Com muito sufoco, e força de vontade de viver, derrubou uma parede velha do casebre feito de madeira. Rastejando pela fraqueza encontrou uma estrada próxima e nela passava uma caravana de ciganos que a acolheram e cuidaram dela. Tornando-se uma bela moça, que acabou casando com o filho do chefe do clã dos ciganos. Este filho tornou-se um homem muito rico, ele recebeu o título de barão e provavelmente ela uma baronesa. E por vingança, queria voltar ao lugar que queriam apedrejá-la. O marido apaixonado e fiel, fez a vontade da esposa, comprando o melhor e mais importante casarão daquele povoado. E assim, mandou convite a todos para um rico e abundante baile de máscaras, para apresentar a mais nova baronesa daqueles tempos.

E Sete Saias desceu as escadarias do rico salão com a sua bela máscara e um maravilhoso vestido. E todos os seus inimigos a aplaudiram e reverenciaram sem saber quem era a misteriosa mulher, que seria revelada somente no fim da festa. Ela chamou a todos ao centro do salão, ainda com a máscara, os convidados já totalmente bêbados, ela retirou a máscara, revelando-se a todos. Os inimigos indignados por ser ela a mais rica baronesa da região a qual deviam respeito, começaram a condená-la, principalmente o seu pai, que no impulso começou a cobrar carinhos que ele nunca teve a ela. E no soar de palmas, entraram-se empregados ao salão, carregando enormes barris de óleo. E os convidados achando-se que fazia parte da cerimônia, ficaram aguardando os servos despejarem o óleo por tudo enquanto Sete Saias e seu marido saíram escondidos, incendiando todo o espaço, matando e vingando-se assim, de todos os seus inimigos, chegando ao ponto de pedir a sua rica charrete para parar em frente ao casarão e ver seus inimigos se incendiando.

Suas últimas palavras aos seus inimigos foram: " livrarei vocês dos seus pecados com o fogo!"

Beijando o seu esposo e seguindo a tua viagem.

Ela morreu com seus 78 anos.

Fonte: http://doia.no.comunidades.net/index.php?pagina=1684530425

Entidade mística, que com suas 7 saias, seu colar com 7 voltas, trabalha no mundo espiritual, quando convidada para esse fim. Pode ser sua grande aliada nas questões que envolvem o amor, dinheiro, trabalho, saúde. 


Oração a Sete Saias

Salve Sete Saias!

Minha boa e gloriosa princesa, pelos sete exus que acompanham seus passos, rogo e suplico que amarre (nome da pessoa) nos 7 nos de suas saias e nós 7 guizos de sua roupa. Vou divulgar seu nome em troca deste pedido de trazer esta mulher (nome da pessoa) hoje e sempre comigo, para que ela se torne minha e ainda hoje pense em mim e fique pra sempre comigo, pois não conseguirá ficar longe de mim, pois terá medo de me perder, que venha dizendo que me quer sempre junto dela, tudo ela me dará, nada ela me esconderá, nada ela me negará.
Assim seja e assim será! E assim está feito! Eu profetizo em nome de olorum oxalá e ida que (nome da pessoa) vai ficar sempre comigo (seu nome) o mais rápido possível, confio na falanges da Pombo gira Rainha das Sete Encruzilhadas, cada vez que for lida essa oração mais forte ela se fará, por isso vou mandar aos quatros cantos do mundo pedindo a mãe que me conceda o pedido de estar com (nome da pessoa). Sei que os espíritos das falanges de pombo gira já estão soprando no ouvido no ouvido dela o meu nome de dia e de noite, (nome da pessoa) não vai ter desejo e tesao por nenhuma outra mulher e outro homem, somente comigo ( seu nome) que ela terá prazer sentirá desejos e tesao, que (nome da pessoa) pense em mim (seu nome) todos os dias de sua vida, que sempre pense em mim com desejos, com saudade, com vontade de estar ao meu lado, com saudades do meu corpo, do meu sexo, confio no poder das Sete Encruzilhadas e vou continuar divulgando esta oração poderosa. Assim seja, assim está feito!!!

Salve Sete Saias.


Me de um sinal minha pombo gira Sete Saias que está trabalhando em favor!!!



Outro conto da Historia da Pomba Gira Sete Saias


Sobre a Pomba Gira Sete Saias: Umbanda


Não podemos deixar de falar sobre a Pomba Gira Dona Sete Saias, pois esta é uma das entidades mais conhecidas e queridas dentro da Umbanda e Povo do Oriente, temos a dona Cigana Sete Saias. Muitos médiuns e chefes de terreiros por falta de informação não costumam apresentar esta maravilhosa entidade com a sua verdadeira origem cigana, fazendo desta linda gira uma Pomba Gira de Encruzilhadas.


A Pomba Gira Cigana Sete Saias é considerada a Deusa do Amor pelo povo do oriente, e a ela que as moças recorrem quando desesperadas por falta de amor, ou para trabalhos para o lado sentimental.

A LENDA DA POMBA GIRA SETE SAIAS

" A lenda conta que a Cigana Sete Saias foi apaixonada por um moço "não cigano" o que seus pais não aceitavam... e proibida de viver este amor parou de comer até vir a falecer.

Quando seu corpo estava sendo preparado para velar, sua mãe trouxe suas sete saias favoritas e colocou a seus pés para poder rodar e jogar cartas nos caminhos do astral superior.

A moça chegando as astral, foi recebida por Santa Sara a qual a designou a proteger e ajudar todas as moças que choravam por seus amores proibidos e impossíveis... É a esta entidade poderosa que as mais serias mandingas de amor são realizadas... e há quem diga que o que a Cigana Sete Saias Une... Ninguém separa!

Esta Pomba Gira gosta de receber suas oferendas e presentes nas Encruzilhadas de campo e preferencialmente as 18:00 nas sexta-feira de lua cheia.

Nas suas oferendas não pode faltar perfume de flores ou gardênia, suas velas são coloridas quase sempre vermelhas, brancas e Rosas... que são as cores que simbolizam o sexo, o amor e a tranquilidade nas relações.

Características dessa Pomba Gira

Ela trás como Arma 1 punhal, também 1 pandeiro, 1 par de castanholas, 1 violino e uma espada.
Sua Bebida Champanhe
Suas Cores preferidas azulão, vermelho, lilás,roxo e verde
Fuma cigarros, cigarrilhas
Lugar Estradas
Vela Pretas, Vermelhas, Brancas, Verde

Pontos Cantados

Ó gira formosa tem alegria e rosa.
Na gira da pomba-gira você vem balançar.
No balanço das pomba-giras sete saias vem girar.

Fonte: http://www.juntosnocandomble.com.br/2014/04/sobre-pombo-gira-dona-sete-saias-umbanda.html
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